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Paixão alvinegra: pai coloca Botafogo como sobrenome do filho, no AM

Empresário de Manaus afirma que escolha não foi bem aceita pela esposa, mas reforça que amor pelo alvinegro carioca falou mais alto

Por Manaus,AM
Não é novidade que o amor e o futebol possuem um elo que, por vezes, protagoniza situações inusitadas. E até quem não tem nada com a história paga o preço pelo sentimento exacerbado do torcedor. Em Manaus, o empresário Miquéias Ferreira Lima, botafoguense fanático, decidiu prestar uma homenagem ao time do coração e colocou o nome 'Botafogo' como sobrenome de seu filho.
Botafogo no AM cartão (Foto: Tadeu Matsunaga)

Prova de fogo: Bruno, filho de Miqueias, carrega o time no sobrenome (Foto: Tadeu Matsunaga)


No começo, a novidade não agradava ao jovem, hoje com 23 anos, mas depois o roteiro seguiu o rumo desejado por Miquéias. ''Ele tem orgulho de se chamar Bruno Botafogo''.


- Já tinha aquela paixão, a gente é mais jovem, tem aquela paixão desenfreada, eu tive a ideia e o cartório aceitou na época. A mãe não gostou muito, mas, com o tempo, ele foi crescendo, gostando, e eu fui contando a história do Botafogo para ele. Infelizmente o jovem botafoguense só conhece o passado recente, mas o Botafogo, até hoje, detém o recorde de jogadores cedido à seleção brasileira. Três mundiais conquistados pelo Brasil tiveram base do Botafogo - lembra.
Miqueias amazonas botafogo (Foto: Tadeu Matsunaga)Miqueias espera que o Botafogo deixe a zona de rebaixamento (Foto: Tadeu Matsunaga)

Sobre a loucura de confrontar a opinião da esposa, bem-humorado deixou claro não se arrepender, e repetiria se preciso.

- Parabenizei ele. Foi uma homenagem para ele e para o Botafogo, e hoje ele sente muito orgulho disso tudo. 
Para o empresário, o atual estágio vivenciado pelo clube é, de longe, o pior da história. Ele recordou que o cenário durante o ano do último rebaixamento, em 2002, era bem diferente.

- Nem quando fomos rebaixados vivemos isso, essa crise. O salário, ao menos, estava em dia. Os nossos jogadores estão 'jogados', abandonados e entregues. É um ano para se esquecer rápido, assim como o 'seu' Maurício Assumpção. Os times, hoje, são maquiados pelos dirigentes e empresários, e acaba nisso. Os jogadores que foram dispensados não estavam fazendo corpo mole. Eles foram 'bode expiatório' disso tudo.