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Botafogo teme ação de Jefferson para deixar clube e quita salários atrasados

Investimento de R$ 450 mil regularizou os três meses de pagamentos devidos de carteira de trabalho e FGTS, mas direitos de imagem do goleiro continuam devidos

Por Rio de Janeiro
Aparentemente por um desencontro de informações, Jefferson não reforçou o Botafogo contra o Santos. Mas ciente da insatisfação do goleiro com o clube, a diretoria decidiu quitar nesta sexta-feira os três meses de salários atrasados na carteira de trabalho e os pagamentos de FGTS devidos ao goleiro. O investimento de quase R$ 450 mil tem como objetivo evitar uma ação do camisa 1 na Justiça e, por conta disso, uma rescisão unilateral do contrato que vai até dezembro de 2015.

Jefferson Coletiva Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Jefferson treinou normalmente no Botafogo na tarde dessa sexta-feira. Goleiro teve seus salários atrasados quitados e não poderá entrar com uma ação na Justiça para deixar o clube de forma unilateral. (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Jefferson sempre deixou claro não ter a intenção de deixar o Botafogo por meio de uma ação na Justiça. Mas por via das dúvidas, a diretoria decidiu driblar sua crise econômica para não dar qualquer brecha. Principalmente por considerar que perda de seu melhor jogador e maior ídolo na atualidade poderia ser o golpe de misericórdia na luta contra o rebaixamento. Mesmo assim, ele segue com mais de seis meses de direitos de imagem atrasados.

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, Jefferson fugiu ao seu padrão e manifestou publicamente sua insatisfação com a diretoria. Mas internamente, o goleiro vive conflitos com os dirigentes, principalmente por ser um dos líderes do grupo nos questionamentos sobre salários atrasados.

Segundo pessoas ligadas ao departamento de futebol do Botafogo, Jefferson chegou a cogitar uma ação na Justiça para deixar o clube no momento em que houve um interesse do Benfica, de Portugal. Na ocasião, um acordo financeiro e a quitação de alguns atrasados teria amenizado a situação.

Também, o primeiro tremor na relação de Jefferson com o diretor Wilson Gottardo ocorreu às vésperas do jogo contra o Flamengo, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.  Sem solução em vista para o pagamento de salários, o goleiro teria ameaçado não disputar o clássico. Gottardo, então, avisou que se tomasse aquela decisão, Jefferson não atuaria mais pelo Alvinegro na temporada. Visando à seleção brasileira, o goleiro recuou. Entretanto, os jogadores entraram no campo do Maracanã com uma faixa exibindo a relação de pagamentos devidos. Na ocasião, Gottardo admitiu que o protesto era legítimo, mas mostrou-se contrariado com o teor da mensagem.