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Comissão envia pedido para votar limitação de poderes de Assumpção

Grupo manda mensagem ao presidente do Deliberativo para que convoque sessão. Intenção é impedir presidente de rescindir ou assinar contratos sem aval

Por Rio de Janeiro
A comissão de crise nomeada pelo Conselho Deliberativo do Botafogo oficializou nesta segunda-feira o pedido para que o presidente do poder, José Luiz Rolim, convoque com urgência uma sessão extraordinária. Querem em pauta o quanto antes a votação para limitar os poderes de Maurício Assumpção na presidência do clube.


As receitas continuam penhoradas, salários já completaram três meses de atraso. O objetivo é impedir que, para amenizar o problema, o dirigente tente fechar novos contratos e antecipar receitas que caberiam à próxima gestão. O pedido, se acatado pelos conselheiros, também impediria que o presidente do clube rescindisse o compromisso de jogadores sem aprovação do grupo.


A oficialização do pedido foi confirmada por membros da comissão, e um comunicado deve ser emitido nesta terça-feira.

Mauricio Assumpção, Botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

Já no fim de sua gestão, Mauricio Assumpção pode ter poderes limitados no Botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

A crise se agrava a cada dia e ganha contornos de drama. Nesta segunda, os funcionários sofreram um revés quando tentavam, representados pelo Sindiclubes, liberar na Justiça R$ 2,5 milhões de verba, mas o pedido foi indeferido apesar do parecer favorável do Ministério Público do Trabalho.


O advogado do Sindiclubes, Henrique Fragoso, deverá entrar com pedido de mandado de segurança, mas ainda não há uma previsão exata de quando os funcionários conseguirão receber os atrasados, ou pelo menos parte deles. Em outra frente, o clube tenta novamente incluído no Ato Trabalhista, que limita em 15% sobre todas as receitas as penhoras dessa origem, e também o refinanciamento de dívidas fiscais.


O pedido ao Deliberativo é para que qualquer assinatura de novo contrato ou rescisão de compromisso vigente tenha de ser submetido à análise da comissão, que é composta por integrantes de todas as correntes que disputarão a eleição marcada para 25 de novembro. Chegou a ser cogitado um pedido de sessão para votar o afastamento de Assumpção, mas a dificuldade de se conseguir o número de votos suficiente e o prazo curto fizeram com que a comissão optasse pela limitação da autoridade do presidente nos seus últimos meses à frente do Botafogo.


Recentemente, José Luiz Rolim afirmou que nada teria contra convocar uma votação para o afastamento. A notícia de que a comissão pediria a limitação de poderes do presidente foi publicada pelo GloboEsporte.com no dia 7 deste mês e, na ocasião, o presidente da comissão, Gustavo Noronha, responsável por enviar a mensagem nesta segunda a Rolim, explicou que a análise de contratos incluiria os de jogadores de futebol, um sinal de preocupação com a medida de Assumpção de rescindir com quatro jogadores da equipe: Émerson Sheik, Bolívar, Edílson e Julio Cesar.