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Mancini vê time fragilizado e admite golpe após revés: "O placar machuca"

Treinador negou que ausência de Jefferson tenha influenciado na goleada sofrida por 5 a 0 para o Santos e citou as mudanças no sistema defensivo do Alvinegro

Por São Paulo


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Vagner Mancini tentava, mas não conseguia esconder o abatimento pela goleada sofrida por 5 a 0 para o Santos, nesta quinta-feira, que resultou na eliminação do Botafogo na Copa do Brasil. O treinador negou que a ausência de Jefferson tenha pesado, citou os muitos desfalques do time, o sistema defensivo bastante modificado e apelou para que a reação venha logo no domingo, contra o Sport, no Brasileirão. O Alvinegro está na zona do rebaixamento, em penúltimo lugar.

- Nós temos que separar as coisas. O caso Jefferson foi de antes do jogo. Nós não fizemos um bom jogo. O time foi frágil em campo. O sistema defensivo todo modificado. Alguns nem atuado tinham. Domingo é uma outra situação, outro campeonato. Temos que jogar muito mais para tentar vencer o Sport e sair da situação incomoda. Teremos a volta de outros jogadores - disse o treinador.

Vagner Mancini, Santos X Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Vagner Mancini deixa o gramado após a goleada sofrida pelo Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Vagner Mancini afirmou que conta com Jefferson para o jogo contra o Sport, acredita na volta do lateral-esquerdo Junior Cesar e não descarta a utilização do atacante Jobson. O jogador já está liberado para atuar.

Leia na íntegra:
Ausência de Jefferson

- O que posso dizer é que ele estava convocado. Ficamos tentando contato com ele, aí hoje o atleta entrou em contato com o Gottardo e eles conversaram. Para, ele não se apresentou. Deveria estar no hotel com a delegação, eu contato com ele para o jogo, assim como outros jogadores que estava na Seleção fizeram. Não entendi. Se foi indisciplina? Temos que ouvir o lado dele. Amanhã, chegando no Rio, vamos sentar e conversar para ver o que tem a dizer. Se estava cansado a ponto de não jogar, deveria ir ao hotel e conversar comigo. Não iria permitir que um atleta entrasse em campo cansado, mas tinham mais de 24h até o jogo. O Jefferson sempre desempenhou o papel dele no Botafogo e merece ser ouvido.

Goleada sofrida

- Não adianta ficar lamentando. Hoje tivemos muita dificuldade. O placar machuca, ninguém gosta de ser goleado. O Botafogo falhou em lances decisivos, demos muitas chances ao Santos. Fizeram o primeiro gol muito cedo e tivemos que mudar a estratégia. Passamos a dar muitos espaços. Lamentamos a eliminação na Copa do Brasil, mas o Brasileiro é outro campeonato. Até o próximo jogo vamos atirar tudo no liquidificador e filtrar. Não tenham dúvida de que será um outro Botafogo.

Possíveis retornos contra o Sport

- A chance maior é de termos o Junior Cesar, o André Bahia é mais difícil, não temos a certeza. E não tenho medo de perder o Jefferson. Ele é profissional e vai até o fim, não acredito em uma coisa diferente disso.

Desgaste e frustração com a derrota

- É uma situação nova na minha carreira ter que atuar em outras áreas. Óbvio que isso gera um desgaste ao longo do tempo. Esse placar faz com que a gente sinta ainda mais o golpe, mas a primeira coisa que disse no vestiário foi para levantarem a cabeça. Temos que tirar forças lá do fundo porque temos que jogar bem e ganhar no domingo. Ninguém pode jogar a toalha, ainda faltam dez partidas e vamos fugir do rebaixamento.

De onde tirar forças

- O técnico tira forças da vivência que tem no futebol. Já passei por muitas coisas. Não estou dizendo que é fácil, mas neste momento basicamente é a força interior de cada um. Tenho tentado de todas as formas e não vou jogar a toalha. Já comecei o trabalho para o jogo de domingo.

Sofrimento de todos com os problemas externos

- A hora em que o atleta ou funcionário está fora do clube é que sofre mais. Começa a escutar coisas e é preciso ter a cabeça forte. São meses e meses de atraso. Isso já está impregnado em cada um de nós. Mas nossa motivação tem que ser diária, e tem muita gente que está junto comigo nesta luta, mas é óbvio que é difícil.

Jobson contra o Sport

- Acho que a entrada do Jobson é como se fosse uma estrela brilhando em dia de chuva. Pode dar um alento diferente com um drible, chute, qualquer coisa diferente do que está sendo feito. Quando o time tem um atleta novo, vai contagiar os outros atletas com esse desejo que ele tem de atuar. Acho que não só pela parte técnica e tática.