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Sem 'tradutor', Oswaldo fala menos e já começa a ver grupo no automático

Evolução nos treinamentos agrada comandante, que brincou com zagueiro Antônio Carlos sobre suposto vocabulário difícil de ser compreendido

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Depois de mais de três semanas de trabalho, com quase 40 períodos de treinamentos, Oswaldo de Oliveira dá sinais de que já passou da fase de conhecimento do grupo do Botafogo e nota uma evolução na assimilação de sua filosofia. A ponto de admitir que não precisa orientar tanto no dia a dia como o fez nas atividades de pré-temporada. Ele destacou, porém, que só à medida em que os jogos passarem, poderá avaliar melhor os erros cometidos e se muda ou não o foco dos treinos.

- Claro que melhoramos. É importante ressaltar esse ponto. Estou buscando detalhes dentro do que procurei passar, porque o principal já está sendo feito com naturalidade. Notei que não preciso mais falar tanto nos treinos, e as coisas estão acontecendo de uma forma melhor. Minha expectativa é de que haja uma progressão a cada partida, principalmente com uma semana inteira no meio, como agora. Fortaleci o que fizemos de bom na estreia e tentei corrigir os erros - explicou.

Oswaldo de oliveira botafogo treino (Foto: Satiro Sodré / Agência Estado)Oswaldo está satisfeito com a evolução do grupo nos treinamentos (Foto: Satiro Sodré / Agência Estado)
 
Antes de chegar a esse nível, porém, Oswaldo brincou com o zagueiro Antônio Carlos por conta de uma declaração, na base da brincadeira. O vocabulário mais culto do treinador, que passou cinco anos no Japão e trabalhou em outros quatro países, teria causado dúvidas em alguns jogadores na apresentação. Nada que tivesse maior repercussão, porém.

- Ele até me sacaneou, perguntando se eu precisava de um tradutor (risos). Mas está tranquilo. Oswaldo está ganhando o grupo, gostamos muito do trabalho em campo dele, dificilmente um treino é repetido. Estamos focados em fazer o que ele vem pedindo. É um cara que foi lá fora e ganhou tudo o que disputou e vai nos ajudar a fazer um grande trabalho - acredita o camisa 3.

Dos quatro principais clubes do Rio, o Botafogo, apesar da base mantida, é o único que tem técnico novo para esta temporada
 
Mais do que o plano tático ou técnico, o técnico demonstrou preocupação com as condições em Moça Bonita, palco do duelo com o Nova Iguaçu, neste domingo, às 17h.

- Minha preocupação é com o horário do jogo, quando deve estar muito quente em Bangu, e outra é com o estado do gramado. Vi o jogo do Fluminense (sábado passado) e não me pareceu tão ruim. Não sei como vai estar. A informação que tenho é que havia uma mistura de gramas no campo, e isso dá um certo desnivelamento. Quem gosta de ir tocando, como o time do Botafogo, leva desvantagem. Isso me preocupa um pouco, sim - comentou Oswaldo.

Entre os jogadores, a parte física ainda é assunto. Ainda que a preparação tenha sido alvo de elogios, está longe do ideal.
- Em 100% não vamos estar, demora um pouco. Acho que nunca podemos admitir isso, para o trabalho não perder a intensidade - disse Antônio Carlos.