Inquérito vai investigar
papel da IMX na concessão do Maracanã
Ministério Público Federal também vai analisar a
licitação paralela de catracas e bilheterias para o estádio
Amélia
Sabino - Rio de Janeiro-RJ
Ainda em obras, concessão do Maracanã é alvo do MPF (Foto: Bruno de Lima)
O
Ministério Público Federal acatou denúncias de entidades civis e da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e abriu inquérito para investigar o
processo de concessão do Maracanã até aqui, as demolições previstas no entorno
do estádio, segundo o projeto do governo estadual, a licitação para catracas e
bilheterias, além de um pedido de anulação da audiência pública sobre a concessão,
realizada em outubro. O MPF também questiona o motivo de até o momento a ata da
audiência não ter sido publicada.
Na ata
que dá início ao inquérito, a procuradora responsável, Marta Cristina Pires
Anciães, escreve que "foi ainda questionada a questão da empresa IMX ser a
responsável pelo projeto do edital, pelo estudo de viabilidade e provavelmente
o fato de ser a única empresa que vai apresentar a proposta de gestão".
Em
janeiro do ano passado, o governo do Rio lançou um edital de manifestação de
interesse público aberto a qualquer empresa que desejasse participar,
futuramente, da administração do Maracanã. Neste primeiro momento, o governo
pediu que as empresas formulassem um estudo de viabilidade econômica. Apesar de
oito terem retirado o edital, a IMX foi a única que apresentou o
estudo ao final do prazo.
Questionado,
o governo do Rio, através da Casa Civil, informou que ainda não recebeu nenhuma
notificação do MPF. Porém, o órgão já pediu ao governo estadual que envie o
estudo de viabilidade e o projeto básico do modelo de concessão.
Em
outubro, o estado lançou um primeiro edital para a concessão
e realizou a audiência pública, mas ainda não determinou um prazo para que o
edital definitivo seja publicado.