Malu Cabral

Julio Cesar evita falar de Flu em sua chegada ao Botafogo: 'É vida nova'

Lateral-esquerdo contesta quem condena sua passagem pelo Tricolor: 'Fui campeão brasileiro no Fluminense jogando quase 30 jogos'

 

Por Thales Soares Rio de Janeiro

O lateral-esquerdo Julio Cesar é mais um daqueles jogadores a vestir a camisa de mais de um grande clube no Rio de Janeiro. O Botafogo será o seu terceiro e a sua apresentação como reforço aconteceu na quarta-feira, assinando contrato até o fim de 2014. Antes, ele já havia defendido Flamengo e Fluminense.

Para escrever uma nova história no Rio, ele deixa de lado o passado recente, principalmente pelo Fluminense, clube com qual tinha contrato até dezembro do ano passado. Julio Cesar prefere falar do futuro e contesta quem condena sua passagem pelo atual campeão brasileiro.

 

 

Julio Cesar mostra habilidade no treinamento do Botafogo] (Foto: Fernando Soutello / Agif)

 

- Fui campeão brasileiro no Fluminense jogando quase 30 jogos. Mas vamos parar de falar do Fluminense. Agora, sou jogador do Botafogo. É vida nova - afirmou Julio Cesar, que fez 24 jogos na conquista do Campeonato Brasileiro de 2010, sendo 16 deles como titular, e marcou um gol.

Quando defendeu o Flamengo entre 2003 e 2005, Julio Cesar sofreu com longos períodos de atraso de salários. Foi quando conheceu o técnico Oswaldo de Oliveira. No Fluminense, atuou entre 2010 e 2011 até ser emprestado para o Grêmio, onde atuou um ano e meio. Ele não acredita em cobrança além do normal por ter defendido rivais.

- Já estive em outros do Rio e isso é normal. Estou preparado para isso. A cobrança anteriormente também foi grande. Pelo que já conheci do Botafogo, das pessoas, aqui é diferente de onde passei. Estou muito feliz - disse o lateral-esquerdo.

Em 2009, Julio Cesar viveu seu melhor momento atuando pelo Goiás e foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Brasileiro. Ele acha difícil jogar da mesma forma daquela época pela diferença do sistema utilizado por Oswaldo no Botafogo.

- No Goiás, eu atuava com três zagueiros e tinha muita liberdade para atacar. Desde então, só atuei no 4-4-2 e a obrigação de marcar é maior - explicou o jogador.