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Mancini valoriza novas lideranças, mas enfrenta o retrocesso após mudanças

Técnico fala em comprometimento maior na ausência dos quatro titulares no dia a dia e explica a dificuldade de "recapitular treinos" diante do intenso rodízio no ano

Por Rio de Janeiro
A mudança no dia a dia do Botafogo com a saída de quatro jogadores considerados titulares foi inevitável. Após dois dias de treinamentos (fora uma partida e uma folga), o técnico Vagner Mancini acredita que encontrou pontos positivos, como o início da formação de novas lideranças no grupo, mas também lamenta que tenha que retroceder ao repetir alguns trabalhos, já que houve um número alto de mudanças desde o fim de julho e o time escalado costume ser sempre diferente.

Desde o período de paralisação para a Copa do Mundo, o Alvinegro reintegrou ou acertou com dez reforços, além de utilizar pelo menos mais três promessas da base. Em contrapartida, sete deram adeus: Jorge Wagner e Lucas, que solicitaram a rescisão de contrato, Dória, vendido para o Olympique de Marselha, da França, Edílson, Julio Cesar, Bolívar e Emerson Sheik, dispensados pelo presidente Mauricio Assumpção na última sexta. Além disso, Daniel operou o joelho e só volta em 2015.
Vagner Mancini Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Vagner Mancini conversa com Zeballos durante o treinamento da última terça-feira (Foto: Vitor Silva / SSPress)



– O que influenciou muito nesses dias é que os jogadores que entraram viram que agora é com eles. É óbvio que tem de se assumir um papel maior, e isso fortalece outras lideranças do grupo. O comprometimento tem de ser maior, estamos mal no campeonato e temos que somar pontos. Todos precisam arregaçar as mangas e fazer tudo o que for possível até o fim – afirmou Mancini.

Reforços do Botafogo pós-julho: Regis, Maikon, Jobson, Matheus, Murilo, Bruno Correa, Ramirez, Mamute, João Gabriel e Rogério
Nesta terça-feira, a atividade com ênfase nas bolas paradas não estava nos planos da comissão técnica, mas, diante do rodízio, se fez necessária
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– Tive que usar os treinos para fazer coisas que já tinha feito lá atrás. No período da Copa alguns não estavam aqui ou não estavam jogando. Então, nunca é como o cara que está no campo e executa as jogadas. Estou recapitulando lições que tenho que passar para o time jogar como queremos. É uma das dificuldades que tenho de encarar nesse momento.


Nesta quarta-feira, o Botafogo pega o Palmeiras, às 19h30, no Maracanã, pela 26ª rodada do Brasileirão, e busca a reabilitação após duas derrotas e a queda para a penúltima posição.