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Presidente dá moral a Oswaldo e evita falar sobre futuro de gerente do Bota

Maurício Assumpção diz que Anderson Barros precisa falar e faz elogios ao trabalho do treinador, inclusive na derrota por 2 a 0 para o Santos

 

Por Fred Huber e Thales Soares Rio de Janeiro

O Botafogo passa por uma momento de tensão depois da derrota por 2 a 0 para o Santos, quarta-feira, no Engenhão. A reação da torcida na arquibancada durante e depois do jogo, as declarações do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro e a situação do time, mais uma vez, distante da vaga na Taça Libertadores deixam o ambiente carregado e cercado de especulações sobre o futuro de quem comanda o futebol do clube.

Na berlinda, o gerente de futebol Anderson Barros, no cargo desde 2009, e o técnico Oswaldo de Oliveira, contratado para iniciar a atual temporada. Ambos sofrem com a perseguição dos torcedores, que já exibiram faixas pedindo a saída da dupla. O presidente Maurício Assumpção não garantiu a permanência do dirigente.

Mauricio Assumpção, botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com) 
 
Mauricio Assumpção fala sobre o futuro do Botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
 
- Independentemente de reformulação ou não, o foco é a Libertadores, importante para todos, 2013 é 2013. Primeiro, precisamos saber se os profissionais que aqui estão vão querer continuar. Conversei com o Anderson e ele vai responder as críticas que recebeu. Ele sabe como pegou o Botafogo e o que tivemos que construir aqui. Precisa falar. É legítimo o seu direito de se defender. Sabemos que situação é essa e porque está acontecendo - afirmou Maurício.

Com relação ao trabalho de Oswaldo, que tem contrato com o Botafogo até o fim do ano, o presidente foi mais enfático sobre o que pensa. Para ele, há situações em que o treinador já provou o seu valor, inclusive, na derrota por 2 a 0 para o Santos.

Quem cria a quantidade de chances que criamos tem um sistema que funciona e os jogadores estão à vontade nele. O treinador é o responsável por isso, não sou eu"
Oswaldo de Oliveira
 
- Quando se analisa futebol friamente, o primeiro tempo do time ontem (quarta-feira) só não foi petrfeito porque o gol não sair. O treinador do time adversário estava à beira de um ataque de nervos e isso mosta que nosso time tem qualidade. Quem cria a quantidade de chances que criamos tem um sistema que funciona e os jogadores estão à vontade nele. O treinador é o responsável por isso, não sou eu. Contra o Fluminense, aconteceu a mesma coisa, e o Abel disse que o seu time nos 20 primeiros minutos não viu a cor da bola - afirmou Maurício.

Apesar de todas as reclamações da torcida na arquibancada, o presidente garante que suas decisões serão tomadas sem pensar nessa reação. Maurício tem procurado acompanhar cada vez mais de perto os treinamentos do Botafogo, principalmente nos momentos mais complicados do time na temporada.

- Na hora em que o resultado não acontecer, é normal que haja a reclamação da torcida, é um direito dela. A mim, cabe analisar uma série de fatores. Quem vai torcer, não está aqui no dia a dia, não sabe o que acontece nos treinamentos, os jogadores que estão 100%, quem está com sinusite ou tem problemas pessoais. No começo do ano, falavam que o Botafogo jogava o futebol mais bonito do Brasil. Isso é uma evolução, um processo para qualificar ainda mais nossa equipe - explicou o dirigente.

O próximo jogo do Botafogo é contra o Grêmio, domingo, no Olímpico. O time está na oitava colocação, com 40 pontos, 10 atrás do Vasco, que seria hoje o último classificado para a Taça Libertadores do ano que vem.