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Novo no velho: Jefferson confia em sistema de Oswaldo para surpreender

Com a manutenção da base, goleiro sabe que estilo do time não deve mudar, mas espera minimizar erros com auxílio da experiência do treinador

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Um novo Botafogo tirado do velho. É assim que se espera que 2012 comece dentro de campo em General Severiano. Ao longo do fim melancólico nas partidas derradeiras do Campeonato Brasileiro, o time orientado por Caio Júnior, até então sensação, foi estudado e parado pelos rivais. Sem controle, os jogadores abaixaram a cabeça e o que restou foi um nono lugar. Para a nova temporada, foram poucas mudanças. A maior delas no banco de reservas. E reside aí a aposta alvinegra para criar mais alternativas e as vitórias voltarem a se acumular.

Oswaldo de Oliveira ainda não esboçou a maneira como quer seus comandados dispostos em campo. As atividades têm foco na parte física na pré-temporada, pelo menos até a próxima terça ou quarta-feira, como costuma ditar a regra da preparação. Mas, ainda que as opções não sejam tão amplas, o goleiro Jefferson acredita que a experiência do treinador será fundamental para criar um novo estilo que adapte as características atuais em seu esquema próprio de jogo.

oswaldo de oliveira botafogo (Foto: Jorge William / O Globo) 
Na expectativa, Oswaldo de Oliveira não pôde testar suas variações ainda (Foto: Jorge William / O Globo)
 
- As características dos jogadores são as mesmas, mas vejo a competência do Oswaldo como poucas que existem no mercado. Ele vai arrumar um modo de surpreender, e nós temos de nos adequar ao sistema dele. Com a mesma equipe, dá para mudar um pouco o jeito de atuar, sim. Ele não passou muito ainda sobre isso, mas deve ser um sistema novo e tenho certeza de que vai ser um ano novo, nada dos mesmos erros. A própria maneira diferente de ele trabalhar já motiva para que a sensação seja positiva - disse Jefferson.

O camisa 1 aprova o fato de a base ter sido mantida para 2012 por já haver entrosamento dentro e fora de campo, mas concorda que estar visado preocupa. Além da tática, apela para outra carta na manga de Oswaldo de Oliveira, que esteve no Japão por cinco temporadas.

- Ele gosta de trabalhar o psicológico com palavras de incentivo, além do trabalho técnico e tático que vai acontecer. Usa a tecnologia que tem à disposição no futebol também, e nós estamos tranquilos, porque ele tem um currículo que não precisa nem abrir a boca para falar pelo que ele representa. Não vamos começar o zero, mas, como todos sabem como jogamos, vamos tentar fazer algo diferente no Carioca - avisou Jefferson.

Duas opções de esquema

Adepto da formação 4-4-2, o novo chefe alvinegro não deve inventar para a estreia na competição estadual, dia 22, contra o Resende, no Engenhão. A grande dúvida é se Andrezinho se junta a Maicosuel e Elkeson na meia, para o trio encostar, em forma de triângulo, em Loco Abreu (numa espécie de 4-2-3-1), ou se o argentino Herrera começa entre os titulares e o desenho de 2011 se repete, na prática. Tirando isso, só Márcio Azevedo reassume a lateral esquerda, na vaga de Cortês, vendido, e Lucas se firma na direita com o adeus de Alessandro.

Andrezinho é apresentado no Botafogo (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo) 
Andrezinho deve ser a única cara nova no time
no início (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
 
A única pista dada por Oswaldo é que não abre mão de ver um Botafogo incisivo nos jogos em casa, algo que o empolgou na sequência de triunfos no início do segundo semestre, fazendo o clube ser alçado à condição de melhor mandante entre os 20 da Série A. No Brasil, o técnico quase sempre elencos recheados para trabalhar, como o Corinthians, em 1999, o Vasco, em 2000, o Fluminense, em 2001, além dos grandes Flamengo e Cruzeiro. Assim, trata o desafio no Glorioso como um dos mais excitantes da carreira, aos 61 anos de idade.