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No Botafogo, especificidade é o lema de trabalho do novo preparador físico

Parceiro de Oswaldo desde 2005, Ricardo Henriques diz que não prepara o time para ser bailarino nem levantar peso, mas apenas para jogar futebol

Por André Casado e Thales Soares Rio de Janeiro
 
Preparador físico do Botafogo, Ricardo Henriques (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com) 
Ricardo Henriques comanda o treino do Botafogo
(Foto: André Casado/Globoesporte.com)
 
Assim como o técnico Oswaldo de Oliveira, o preparador físico Ricardo Henriques ficou cinco anos no Japão. A volta para o Brasil, compondo a comissão técnica do Botafogo, exige uma readaptação. Mas o fato de o esporte ser o futebol ajuda. Com a experiência de ter trabalho no Fluminense durante o começo de sua carreira e no Cruzeiro, ele chega ao clube com credenciais importantes.

Com um discurso firme e demonstrando confiança no método de trabalho, Ricardo iniciou a pré-temporada certo de que irá entregar o time em boas condições físicas para Oswaldo, quando começar a fase de treinamentos em Saquarema, dia 14. A estreia será contra o Resende, dia 22, no Engenhão, pela primeira rodada do Campeonato Carioca. Ele acompanha o treinador desde 2005, no Fluminense.

- Nosso trabalho é voltado para jogar futebol. Não treinamos para correr maratona, 100m rasos, para ter a flexibilidade de um bailarino ou levantamento de peso. Todas as valências são importantes. A especificidade é o nosso lema de trabalho. Vamos inserir essa metodologia e tenho certeza de que tudo vai dar certo - disse Ricardo.

Nesta quinta-feira, os jogadores fizeram apenas o seu segundo treinamento deste ano. Apenas trabalhos físicos e exames clínicos foram realizados. Segundo Ricardo, que já vinha trocando informações com a comissão técnica permanente há algum tempo, o grupo está num nível aceitável de peso, tanto acima quanto abaixo do ideal.
- Não há nada fora do padrão para essa época do ano. Todos chegarão em condições de jogo no dia 22. Temos uma grande equipe, talvez com a melhor de fisiologia do Brasil - comentou Ricardo.

A volta para o Brasil exige uma mudança no trato com os jogadores. Acostumado com a discplina dos japoneses, o preparador físico sabe que a forma de trabalhar no dia a dia precisa ser diferente para não desmotivar o grupo logo no início do trabalho.

- A diferença cultural é grande. O japonês é mais disciplinado no trabalho. Não que o brasileiro não seja, mas é diferente. É preciso usar alguns artifícios. Mas só quem trabalhou no Japão sabe como o futebol lá é competitivo - disse Ricardo.

Os jogadores voltam a treinar nesta sexta-feira, em General Severiano. Um dia depois da viagem para Saquarema, no dia 14, o Botafogo deve fazer um jogo-treino, provavelmente no campo do Boavista, em Bacaxá.