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Em adaptação à 'mudança de força', Gabriel se define como 'guerreiro'

Nervoso, jovem volante alvinegro sua na entrevista coletiva, vê Daniel Alves como referência e diz que penteados do elenco não fazem sua cabeça

Por André Casado e Thales Soares Rio de Janeiro
 
Gabriel do Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com) 
Gabriel: personalidade na 'apresentação', mas suor
frente à' imprensa (Foto: Thales Soares/GE.COM)
 
O Botafogo conta nesta pré-temporada com 13 jogadores formados em suas categorias de base, cinco deles que acabam de ascender ao time profissional. Em um rodízio, cada um dos novatos tem se apresentado à torcida por meio da imprensa e conta sua história de vida. Último da lista, o volante Gabriel suou muito para superar o batalhão de perguntas, mas saiu-se bem e, sincero, confessou: a maior dificuldade é acompanhar o nível dos jogadores.

- A força prevalece muito, lá na base é mais fácil, porque a garotada não tem tanta experiência e não está pronta ainda. Encarar jogadores consagrados do futebol brasileiro é bom, mas difícil. A mudança é grande, vamos tentar nos adaptar o mais rapidamente possível para dar continuidade ao trabalho - disse o jogador, de 18 anos.

A razão para tanta moral se dá pelo trabalho desenvolvido nas categorias inferiores, que levou o título estadual de juniores em 2011, quebrando jejum de dez anos. Além disso, as dificuldades do mercado reduziram o grupo, agora comandado por Oswaldo de Oliveira, que precisou destas peças de reposição.

Na hora de se definir em campo, Gabriel não hesitou.

- Sou guerreiro, que não desiste de nenhuma bola. Na minha posição aqui tem jogadores como Marcelo Mattos e Renato, que eu vi jogar quando pequeno. Mas me inspiro mesmo no estilo do Daniel Alves (lateral do Barcelona).

Natural de Campinas, o volante ainda exibe o sotaque forte. Mas, enturmado, já até utiliza os serviços do mesmo cabelereiro que trata das estrelas alvinegras. Nada exagerado, porém.

- Eu mesmo raspava a cabeça, e os "moleques" faziam o "pezinho". Agora, foi o rapaz que fez o visual, mas não mudou muito porque, por enquanto, prefiro só raspar mesmo - comentou, constrangido com a pergunta a respeito do pomposo moicano do zagueiro Fábio Ferreira, que lidera uma onde de cabelos estilosos no Botafogo.

Gabriel é de uma posição que há poucos jogadores. E disputará o posto de primeiro reserva de Mattos e Renato com Lucas Zen, que já estava integrado as profissionais, e Elber, seu companheiro também em Marechal Hermes. Como todos os outros, busca dar um conforto maior aos parentes com o salário do futebol.

- Ainda não consegui trazer minha família para cá, eles trabalham muito, e estou me adaptando a ficar sozinho. Mas estou tranquilo, já fiz amigos e sei que a minha hora vai chegar. Eu me espelho nos meus pais para a minha vida, são guerreiros também - disse.