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Laudo não encontra pólvora nas mãos do jogador Adriano

Perícia também não detectou substância nas mãos de estudante que disse ter feito o disparo


Adriano durante a reconstituição do episódio em que jovem é baleada no carro do atleta Foto: Guilherme Pinto / Extra

Adriano durante a reconstituição do episódio em que jovem é baleada no carro do atleta Guilherme Pinto / Extra
RIO - Nove dias após uma estudante ser baleada dentro do carro do jogador Adriano, a polícia divulgou o laudo do exame da perícia que indica que não foram encontrados resíduos de pólvora nas mãos do jogador e da estudante de moda Adriene Cyrino, conforme adiantou Ancelmo Gois em sua coluna do último sábado. O diretor do Departamento Geral de Polícia Técnico e Científica (DGPTC), Sérgio Henriques, alertou, em nota, que há uma fragilidade no teste e que os vestígios de pólvora não necessariamente serão encontrados nas mãos de quem efetuou o disparo.

Ele explica que, muitas vezes, o problema está na coleta e que os vestígios podem ser verificado nas roupas ou em outras partes do corpo. De acordo com o diretor, o lapso temporal entre o acontecimento e a coleta são fatores importantes para um resultado negativo. A possibilidade de lavagem das mãos também tem que ser considerada.

A Polícia Civil ressaltou que, logo após a comunicação do fato na delegacia, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) foram até o Hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio, onde Adriene estava internada para coletar o material. No mesmo local, os agentes realizaram o exame no jogador que estava visitando a estudante.

Adriene voltou atrás e confessou que ela mesma teria feito o disparo que feriu sua mão esquerda. A jovem acusava o jogador Adriano de ser o autor do disparo, no banco traseiro do BMW. O jogador negava, alegando que estava no banco do carona no momento do acidente. A versão de Adriano também era endossada pelas outras três mulheres e um amigo do jogador que estavam no veículo no momento do tiro. Um funcionário da casa noturna também confirmou que o atacante do Corinthians estava no banco do carona.

O delegado Fernando Reis disse que ainda vai avaliar que pena será aplicada à jovem que, segundo ele, mostrou-se arrependida de ter mentido anteriormente.

De acordo com a perícia, que utilizou uma espécie de sonda para refazer a trajetória da bala, os policias puderam comprovar que o tiro fora disparado por alguém da direita para a esquerda, e de baixo para cima. Segundo os peritos, o tiro não poderia ter partido do banco da frente, em razão da trajetória da bala.