Perícia também não detectou substância nas mãos de estudante que disse ter feito o disparo
Ele explica que, muitas vezes, o problema está na coleta e que os vestígios podem ser verificado nas roupas ou em outras partes do corpo. De acordo com o diretor, o lapso temporal entre o acontecimento e a coleta são fatores importantes para um resultado negativo. A possibilidade de lavagem das mãos também tem que ser considerada.
A Polícia Civil ressaltou que, logo após a comunicação do fato na delegacia, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) foram até o Hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio, onde Adriene estava internada para coletar o material. No mesmo local, os agentes realizaram o exame no jogador que estava visitando a estudante.
Adriene voltou atrás e confessou que ela mesma teria feito o disparo que feriu sua mão esquerda. A jovem acusava o jogador Adriano de ser o autor do disparo, no banco traseiro do BMW. O jogador negava, alegando que estava no banco do carona no momento do acidente. A versão de Adriano também era endossada pelas outras três mulheres e um amigo do jogador que estavam no veículo no momento do tiro. Um funcionário da casa noturna também confirmou que o atacante do Corinthians estava no banco do carona.
O delegado Fernando Reis disse que ainda vai avaliar que pena será aplicada à jovem que, segundo ele, mostrou-se arrependida de ter mentido anteriormente.
De acordo com a perícia, que utilizou uma espécie de sonda para refazer a trajetória da bala, os policias puderam comprovar que o tiro fora disparado por alguém da direita para a esquerda, e de baixo para cima. Segundo os peritos, o tiro não poderia ter partido do banco da frente, em razão da trajetória da bala.