Lédio Carmona: 'Futebol carioca vive um momento muito difícil'
Apenas 885 torcedores pagaram ingressos para Fluminense x Bangu no domingo, enquanto o Galo contou com mais de 47 mil pessoas no Mineirão
O Fluminense venceu o Bangu por 2 a 0 no domingo, em São Januário, em
uma partida que valia a vantagem do empate nas semifinais da Taça Rio do
Campeonato Carioca. Com a derrota do Resende para o Boavista por 3 a 2,
o Tricolor carioca escapou de pegar o Botafogo na semifinal da Taça Rio
e vai encarar o Volta Redonda, no próximo domingo.
Durante o "Redação SporTV",
o apresentador André Rizek destacou o baixo número de pagantes da
partida, apenas 855, enquanto o Atlético-MG levou quase 50 mil
torcedores ao Mineirão para uma partida em que apenas cumpria tabela
contra o Villa Nova- MG, ambos classificados para as semifinais do Mineiro.
Para o comentarista Lédio Carmona, a falta de um grande estádio e o
momento difícil de dois dos grandes cariocas explicam o baixo público no
Rio.
- O Fluminense não tem casa. O Botafogo tinha a casa dele, não tem
mais. O Botafogo tem o melhor futebol, mas joga em Volta Redonda porque
não tem estádio. O Vasco passa por situação difícil e o Flamengo também
está afogado em problemas técnicos. O futebol carioca está vivendo um
momento muito difícil. O Flamengo só jogou uma vez em Macaé nesse ano e
tinha 1.200 pagantes no jogo - ressaltou.
Fluminense enfrentou o Bangu em São Januário, com 855 pagantes (Foto: Rossana Fraga / Photocamera)
Lédio Carmona acredita que, por outro lado, Atlético-MG e Cruzeiro
vivem ótimos momentos, fazem contratações de impacto e ainda contam com
dois estádios que os torcedores aprovam.
- A situação dos times de Minas é mais fácil de explicar, entrando mais
no lado técnico. São dois times fortes, muito motivados. Os torcedores
têm dois estádios ótimos em Belo Horizonte. O Atlético-MG é o melhor
time da Libertadores e tem ídolos. O Cruzeiro é o time do Brasil que tem
melhor aproveitamento na temporada, contratou um time novo, um time
diferente com jogadores de referência, e agora levou o Dedé. Os jogos do
Cruzeiro vão receber mais público a partir de agora com o Dedé, e o
Atlético-MG vai manter o patamar. Essa é uma tendência do futebol
mineiro até dezembro, casa cheia. Porque há motivação e casa.
Ainda que o Engenhão estivesse em funcionamento para os jogos
importantes do Carioca, o comentarista Raphael Rezende destacou que o
estádio "não pegou" entre os torcedores cariocas.
- O torcedor carioca é sempre muito carente do Maracanã. A impressão
que eu tenho é que o torcedor de Flamengo e Fluminense esperam a volta
do Maracanã para retornar aos estádios. Só existe essa explicação -
completou Lédio.