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Jefferson x Cavalieri: a 'briga' pelo título carioca e por vaga na Seleção

Goleiros de Botafogo e Fluminense disputam a Taça Rio neste domingo; ex-jogadores que já vestiram a camisa 1 do Brasil opinam sobre a dupla


Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro


 

Tranquilidade é uma das qualidades mais importantes debaixo da trave, e os goleiros Diego Cavalieri, do Fluminense, e Jefferson, do Botafogo, têm isso em comum. Homens de segurança dos times que disputam o título da Taça Rio neste domingo, os dois estão numa “briga” que vai além do Campeonato Carioca: eles lutam por um lugar na seleção brasileira que vai disputar a Copa das Confederações em junho.

– É um momento único, principalmente no Rio de Janeiro. Havia muito tempo que o futebol carioca não tinha um goleiro na Seleção. Agora tem dois – diz Jefferson.

O goleiro do Alvinegro está mais acostumado com a amarelinha. Ele já foi convocado 16 vezes e atuou em seis partidas. Já o camisa 12 do Tricolor tem duas convocações no currículo e foi titular em ambas as oportunidades. Eles também já estiveram juntos no grupo do Brasil: no empate em 2 a 2 com o Chile, no Mineirão, Cavalieri jogou, e Jefferson ficou no banco de reservas.
Não tem um melhor. Nós não temos o melhor"
Leão, sobre os goleiros
 
– Eu já o admirava muito como profissional e aprendi a admirar ainda mais quando tive a oportunidade de ter mais contato com o Jefferson. Fiquei muito feliz pela oportunidade de conviver com ele – ressalta Cavalieri.

A comparação entre os dois divide opiniões até dos especialistas na posição. 

- Se você não tem explosão, você não consegue ir a lugar nenhum. E quando eu digo explosão, é como se fosse um tiro, você aperta o gatilho e a bala dispara. E o goleiro tem que ter esse dom. O Jefferson é esse goleiro – opina Raul Plassmann, que defendeu Flamengo, Cruzeiro, Atlético-PR e São Paulo.

- Acho que agora é o momento pra testar o Diego Cavalieri. Não adianta você levar para a Seleção e deixar no banco. Tem que botar para jogar e ver como ele vai se desenvolver com responsabilidade na seleção brasileira – defende Zetti, ex-goleiro de São Paulo, Palmeiras, Santos e Fluminense.
Com quatro Copas do Mundo no currículo (1970, 1974, 1978 e 1986), Emerson Leão preferiu não tomar partido.

- Não tem um melhor. Nós não temos o melhor. Nós temos hoje no Brasil uma busca para o gol com tranquilidade, mas ainda não conseguimos achar - opina o goleiro que fez história com a camisa do Palmeiras, além de ter atuado em outros grandes como Vasco, Grêmio e Corinthians.

Elogios e opiniões à parte, Jefferson e Cavalieri vão se enfrentar pela décima vez. São quatro empates, três vitórias do goleiro tricolor e duas do camisa 1 alvinegro. Um deles pode garantir o título ao seu time e dar um importante passo na luta para ser o goleiro de confiança de Felipão na seleção brasileira.

Jefferson Botafogo diego Cavalieri fluminense (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com) 
 
Jefferson e Cavalieri: os goleiros do Rio na Seleção (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)