Seedorf pode ficar até seis jogos fora: 'Não basta dizer que não falou'
Holandês deve ser enquadrado no artigo 243-F (ofensa à honra). Presidente do TJD lembra que Botafogo terá que provar que não se falou em 'palhaçada'
A expulsão de Seedorf na vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o
Madureira pode render um prejuízo além da suspensão automática do meia
no jogo contra o Friburguense, na quinta-feira. Na súmula o árbitro
Philip Georg Bennett registra que o holandês teria dito que ele estava
“de palhaçada”. A tendência é que o jogador seja enquadrado no artigo
243-F (ofender alguém em sua honra), que prevê uma pena de quatro a seis
partidas (os casos de ofensas aos integrantes do quadro de arbitragem
têm punição mais severa).
Nesta segunda-feira, o gerente executivo alvingero Aníbal Rouxinol
Segundo, disse que conversou com Seedorf e o holandês garantiu não ter
proferido as palavras citadas pelo juiz. Neste caso, o clube terá de
encontrar alguma saída para provar que a súmula não corresponde à
verdade.
- A súmula tem a veracidade. Agora, cabe aos defensores do Botafogo
provar que ele (Seedorf) não falou o que está na súmula. A decisão do
árbitro (a expulsão) é soberana, mas vai caber ao corpo jurídico do
Botafogo convencer aos auditores que o Seedorf não ofendeu. Isso
acontece normalmente com vídeo, até porque dá uma maior garantia ao
defensor para que se defenda. Não basta chegar e dizer que não falou -
explicou o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ), José
Teixeira Fernandes.
O julgamento de Seedorf ainda não tem data para ser realizado.