Total de visualizações de página

Em meio a farpas com Bota, René diz ter aval para clássicos em São Janu

Diretor do Vasco espera formalidade da CBF para estádio ser confirmado nos principais jogos no Brasileiro. Assumpção ironiza pedido de gratidão

 

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 

A disputa de bastidores entre Botafogo e Vasco, causada pela interdição do Engenhão, não deve ter a paz selada tão cedo. Em meio à troca de farpas em tons irônicos, as diretorias não se entendem sobre a cessão de São Januário. Nesta quinta-feira, o presidente do Glorioso, Mauricio Assumpção, expôs seus argumentos para rejeitar jogar clássicos no estádio, que não comporta a divisão de torcidas, como estabelece o regulamento do Campeonato Carioca. Estas partidas já estão remarcadas para o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Entre os fatores enumerados por Assumpção estão o título da Taça Guanabara, a campanha 100% na Taça Rio e até a possibilidade de ter o astro Seedorf em campo, o que já não vai acontecer no duelo entre as equipes, porque o holandês cumprirá suspensão - que deveria ser na terceira rodada, diante do Friburguense, mas o jogo foi adiado justamente por falta de local.

MONTAGEM - Mauricio Assumpção e Roberto Dinamite (Foto: Editoria de arte) 
Mauricio Assumpção e Roberto Dinamite em lados opostos em meio a dificuldade (Foto: Editoria de arte)
 

- Por que eu tenho que topar jogar com 10% da minha torcida? Desculpa, eu não tenho que aceitar isso. E me causam uma certa estranheza determinados discursos do outro lado dizendo que o Botafogo deveria ser muito grato, agradecer. Desculpa, eu nunca pedi gratidão nenhuma quando fecharam o Maracanã e o Engenhão foi o único estádio que tinha capacidade de atender um público de grande apelo. Não meti faca no pescoço de ninguém dizendo que no meu estádio tem que aceitar essas ou aquelas condições do Botafogo. Agora vem com esse discurso para cima do Botafogo? Que discurso é esse? - rebateu.


René garante que São Januário vai receber clássicos no Brasileirão
O discurso a que se refere o mandatário alvinegro é o de Roberto Dinamite e sua diretoria, que negaram o acesso pontual do Botafogo à Colina em retaliação. A expressão é evitada pelo diretor executivo do Vasco, René Simões, que manteve a tese e revelou que recebeu um aval do Corpo de Bombeiros e da Polícia para voltar a ter clássicos no palco cruz-maltino em breve.
Me causam uma certa estranheza  discursos do outro lado dizendo que o Botafogo deveria ser grato. Nunca pedi gratidão quando fecharam o Maracanã"
Mauricio Assumpção
 
 
- O sonho dos vascaínos será realizado. No Campeonato Brasileiro, não precisaremos mais jogar 16 partidas em casa, serão 19, com a divisão de renda em 50% a 50%. O público é que não é possível dividir agora. Podemos tentar nos adequar a isso em São Januário, continuamos pensando em cooperação, mas o que não dá para imaginar é um outro time com mando aqui querendo colocar o Vasco com 10% da renda ou 10% do público. O ato do Botafogo foi de proteger só seus interesses, e o Vasco também se acha no direito de preservar os seus, que nesse caso é o campo. Ele precisa estar um tapete para o Campeonato Brasileiro. Não houve um reconhecimento disso, não entendo até agora o porquê - cobrou René, em entrevista à Rádio Brasil.


O sonho dos vascaínos será realizado. No Campeonato Brasileiro, não precisaremos mais jogar 16 partidas em casa, serão 19, com a divisão de renda em 50% a 50%. O público é que não é possível dividir agora"
René Simões
 
 
O Vasco espera apenas um parecer da CBF nas próximas semanas para formalizar a inclusão de São Januário também nos principais jogos da equipe no Brasileirão.


Dinamite havia sido curto e grosso ao responder o pedido do Botafogo.


- Se não pode jogar (clássico) em São Januário, não cabe o Botafogo estar atuando no nosso estádio - afirmou o presidente vascaíno, que deve liberar o estádio para o Fluminense jogar a Taça Libertadores, na última quarta-feira.