Na Páscoa, o fim das ilusões do
Fla
por Renato Maurício Prado
O Globo
O presente que o Coelhinho da Páscoa deixou para os
rubro-negros foi amargo. O fim das ilusões em relação a esse time, que parecia
até promissor, na Taça Guanabara, quando fez a melhor campanha do primeiro
turno, e parecia prestes a revelar jovens valores, como Rafinha e Rodolfo
(principalmente, o primeiro).
Com a derrota para o Audax, o rubro-negro está
virtualmente eliminado da disputa do título Estadual e, prestes a iniciar a
disputa da Copa do Brasil (uma de suas metas no ano), se vê diante de uma dura
realidade: seu elenco é limitadíssimo e os três reforços contratados (Elias,
Carlos Eduardo e João Paulo) nem de longe parecem capazes de tornar minimamente
competitiva a atual equipe.
A menos que vários bons jogadores cheguem na metade
do ano, a sina do Fla, em 2013, parece idêntica à do Vasco (outro grande
já praticamente alijado do campeonato): lutar para não cair no Brasileirão.
No Carioca mais esculhambado dos últimos
anos, o título parece bem encaminhado para o Botafogo,
que deverá ter como rival à altura apenas o Fluminense - que assumidamente
está mais preocupado com a Libertadores.
Ironia cruel de uma federação entregue às traças,
justamente quando tem boas possiblidades de ganhar o torneio, o Glorioso poderá
ser obrigado a fazê-lo fora de seus domínios, por causa da inacreditável
interdição do Engenhão (símbolo maior da incúria e da falta de vergonha na
cara de nossos políticos e dirigentes esportivos).
É ou não é o fim da picada?