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Engenhão foi interditado pela prefeitura do Rio de Janeiro por problemas estruturais

Botafogo limita penhoras e tenta se recuperar de prejuízo com Engenhão 
 

Do UOL, no Rio de Janeiro 

O Botafogo viveu uma semana conturbada com o fechamento por tempo indeterminado do estádio 
 Engenhão e previsão de grande prejuízo sem poder utilizar o complexo. O setor jurídico do clube, porém, também conseguiu importantes vitórias que podem ajudar a desafogar o clube financeiramente. Uma liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro colocou um limite de até 5% nas penhoras do clube carioca por parte da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

O Botafogo deve R$ 61,8 milhões em impostos não recolhidos [previdenciários ou não] e a Procuradoria cobra na Justiça o pagamento da dívida em 69 ações diferentes. a mais alta delas no valor de R$ 10 milhões. Com a liminar, que ainda pode ser derrubada pelo órgão federal, no máximo 5% das cotas de televisão mensais da Globo poderão ser congeladas para pagamento do débito. Apesar de ainda não ser a solução ideal, a medida abalará menos o fluxo de caixa do clube.



Felipe recebe atendimento durante o clássico diante do Vasco no Engenhão Marcelo de Jesus/UOL
Além disso, o clube carioca também acertou o pagamento de R$ 3,5 milhões e voltou a ficar em dia com a Timemania neste ano. O próximo passo da diretoria é tentar colocar o salário dos jogadores em dia, já que os vencimentos tem atrasado em média dois meses, inclusive o direito de imagem.

Naming rights

O fechamento do estádio Engenhão fez com que negociações de naming rights emperrassem. O Botafogo conversava com duas empresas, uma nacional e outras estrangeira, e buscava alcançar até R$ 30 milhões pelo contrato. Com a interdição por conta dos problemas estruturais da cobertura, as conversas devem ficar suspensas.

"Para nós, esse momento foi muito delicado porque, especialmente com essa empresa, nós estamos conversando há seis meses sobre o naming rights, não vazou na imprensa, e na semana que estamos discutindo valores, acontece isso. Imagina o desânimo que isso não causa? Mas ainda não podemos dizer que não existe mais a possibilidade", declarou o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção.

Além do prejuízo pelo possível contrato, a manutenção mensal do estádio e a falta de receitas com jogos e eventos deve gerar um rombo de R$ 500 mil por mês aos cofres do time alvinegro. O Botafogo aguarda os laudos, mas internamente não descarta entrar na Justiça para que seja ressarcido pelas perdas com a interdição.