'Se o prazo fosse cumprido, Rio já teria o Maracanã', lembra Rizek
Com o fechamento do Engenhão, cidade fica sem estádio capaz de sediar clássicos. Para apresentador, dinheiro público foi mal investido
Com o Engenhão fechado, com risco de desabamento da cobertura, o Rio de Janeiro está sem estádios para sediar clássicos entre Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.
Ainda em reformas para a Copa das Confederações, o Maracanã terá sua
reabertura no dia 27 de abril. No entanto, o apresentador do "Redação SporTV",
André Rizek, lembra que o estádio já poderia estar aberto se o prazo
inicial da obra (dezembro de 2012) tivesse sido concluído.
- Se os prazos tivessem sido cumpridos, o Maracanã já estaria aberto e
teríamos uma alternativa ao Engenhão. Gastou-se tanto dinheiro público
para, neste momento, não termos nenhum grande estádio no Rio de Janeiro.
Além disso, o velódromo do Pan-Americano de 2007 foi demolido. O legado
e o gasto do Pan ficam em questionamento. É preciso questionar se o
nosso dinheiro foi gasto para trazer benefícios para a população -
afirmou o jornalista.
Maracanã teve prazo de entrega de dezembro de 2012 (Foto: Genílson Araújo / Agência O Globo)
O comentarista do SporTV
Telmo Zanini lembra que, embora já tenha sediado clássicos em sua
história, o estádio de São Januário neste momento não pode sediar
partidas entre os quatro grandes por conta apenas da violência entre
torcidas rivais.
- Já tivemos clássicos em São Januário, há tempos atrás, quando o
Maracanã esteve fechado. Mas temos que considerar que o comportamento
das torcidas tomou outro rumo. Aumentou o grau de violência, de
belicosidade. Não existe nada contra o estádio de São Januário. Mas a
polícia não se sente confortável para garantir a segurança de todo
mundo, diante da forma como se comportam os "educados" torcedores das
organizadas.
Convidado do "Redação SporTV",
o escritor José Eduardo de Carvalho protestou contra a possibilidade de
a Prefeitura do Rio de Janeiro ter de arcar com os custos da
recuperação da cobertura do Engenhão.
- O Engenhão era um símbolo do Pan, porque era a praça esportiva mais
utilizada. Mas o estádio sempre apresentou problemas. O acesso é difícil
e havia falta de energia elétrica com frequência. Pelo que o prefeito
explicou, existem algumas cláusulas que resposabilizam a Prefeitura.
Isso é surrealista. Como quem constrói não garante as estruturas e
transfere isso para o poder público, ou seja, para nós?
As duas partidas da terceira rodada da Taça Rio que seriam no Engenhão
foram transferidas para São Januário. Nesta quarta-feira, às 19h30m (de
Brasília), o Fluminense enfrenta o Macaé. Na quinta, no mesmo horário, o
Botafogo encara o Friburguense.