Eduardo Paes garante que Engenhão não corre risco de demolição
Prefeito diz que problema na estrutura do estádio tem solução e precisa ser resolvido rapidamente
Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Os torcedores cariocas foram surpreendidos na noite de segunda-feira
com a notícia da interdição do Engenhão. Em entrevista coletiva ao lado
de representantes dos clubes, o prefeito Eduardo Paes informou que problemas estruturais que oferecem riscos ao público motivaram o fechamento.
Na manhã desta terça-feira, Paes falou novamente sobre o assunto. Ao
“Bom dia Rio”, ele garantiu que a ameaça de demolição do estádio não
existe e disse que espera que o problema seja resolvido o mais
rapidamente possível.
- Não há o risco (de demolir o estádio). Temos um problema na
cobertura, passou da margem do risco aceitável, mas é um problema que
tem solução. Não vai precisar desmontar o estádio. Queremos ter o
Engenhão de volta o mais rapidamente possível para abrigar os jogos do
futebol carioca - afirmou.
Nesta terça-feira, o prefeito receberá oficialmente o laudo que aponta
os problemas na estrutura do Engenhão. Às 11h, na sede da prefeitura,
ele concederá uma entrevista coletiva para apresentar detalhes técnicos
da interdição. O presidente da RioUrbe, Armando Queiroga, e o
representante do Consórcio Engenhão, Marcos Vidigal, também
participarão. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em tempo real.
Eduardo Paes falou ainda sobre responsabilidades e custos da obra de
restauração do estádio e informou que terá de ser feita uma auditoria.
- Vamos ter que fazer (auditoria). A pessoa que construiu o estádio, eu
não era prefeito ainda, diz que tem risco, não posso deixar o estádio
aberto. A partir disso, vamos ter que checar se as contas foram feitas
erradas... Se for um problema de projeto, aí sim a responsabilidade é da
prefeitura, se for um problema de execução, aí a responsabilidade é de
quem fez. Vamos apurar isso, porque só posso pagar uma eventual correção
do problema, que não tem ainda uma solução, depois de apuradas as
responsabilidades. O problema é que essa foi uma obra polêmica. Então
tem toda uma discussão, o que a gente vai tentar é preservar o interesse
público. Se for responsabilidade do consórcio, eles vão ter que pagar. O
que a gente tem de concreto até agora é um laudo dizendo que há riscos.
O prefeito explicou o que mudou desde que o ele próprio afirmou, em 2010, que o estádio não oferecia riscos ao público.
- Na época não se apontava risco. Em 2010, ninguém dizia que tinha
risco. Como não entendo de ventos, isso é um laudo dos engenheiros. Mas a
partir do momento em que um laudo diz que há risco, nossa decisão é
interditar - disse.
Não há qualquer prazo para a reabertura do estádio. Os jogos Fluminense
x Macaé, marcado para esta quarta, e Botafogo x Friburguense, que
acontece nesta quinta, vão ser realizados no estádio de São Januário. As
partidas subsequentes marcadas para o estádio, porém, seguem sem local
definido.
Inaugurado em 2007 para o Pan do Rio de Janeiro, o Engenhão custou cerca de R$ 380 milhões ao cofres públicos.