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Naming rights: Bota trabalha para manter interessados no Engenhão

Com uma empresa brasileira e outra estrangeira na disputa, diretoria adota discurso de recuperação do estádio para as Olimpíadas

 

Por Fabio Leme Rio de Janeiro
 

A diretoria do Botafogo anda muito preocupada com a situação financeira do clube, principalmente após a interdição do Engenhão para jogos de futebol, até que seja resolvido o problema com a cobertura, que está sob risco de desabar em caso de ventos acima de 63 km por hora. Além de não poder contar no seu orçamento com a renda dos jogos, receitas de bares e restaurantes, contratos de locação, como filmagens e eventos corporativos e ações de marketing, o clube ainda tem que resolver situações como contratos em vigor com patrocinadores, camarotes já vendidos e a manutenção do estádio, que gera uma despesa de, aproximadamente, R$ 500 mil mensais.

Mas o que mais aflige os mandatários alvinegros é a questão dos naming rights do estádio. Na última semana, após quatro anos de negociações com possíveis interessados, o Botafogo abriu tratativas com uma empresa estrangeira e uma brasileira. O acordo estava tão adiantado, que valores já estavam sendo tratados, e as comitivas já planejavam encontros. Com a interdição do local, até segunda ordem, as conversas estão estagnadas, sem prazo para recomeçarem.

estádio Engenhão vazio (Foto: Fred Huber) 
Diretoria procura empresas para colocarem seus nomes no Engenhão (Foto: Fred Huber)
 
Agora, todos no clube se mexem para tentar convencer os interessados em recuperar o Engenhão e, para isso acontecer, ajusta o discurso de que um investimento, neste momento, traria um retorno muito grande ao investidor.

- Você pode trabalhar com a empresa para que ela possa participar da recuperação de um estádio olímpico, que será sede das Olimpíadas, no evento esportivo mais importante do mundo. Há um outro lado que você tem que mostrar para a empresa que ela pode ser a construtora de uma nova realidade.

Ela pode estar junto e ser parceira do estado do Rio de Janeiro e do seu equipamento mais importante. Espero que eles entendam que isso pode ser uma alavancada para a empresa – explicou o presidente alvinegro, Maurício Assumpção.

Na semana passada, representantes de uma empresa estrangeira, que teve seu nome mantido em sigilo, quase vieram ao Rio de Janeiro para o início das tratativas. Outra reunião estava marcada para semana que vem, em São Paulo, com diretores do Botafogo e representantes de uma empresa brasileira. Em um contato inicial, o clube chegou a pedir R$ 18 milhões pelos naming rights. A empresa brasileira estava disposta a pagar um valor menor.