'Seedorf não foi o cavalheiro a que estamos acostumados', diz Gaciba
Para comentarista de arbitragem, camisa 10 do Botafogo mereceu a expulsão diante do Madureira porque afrontou o árbitro Philip Bennett
O árbitro Philip Georg Bennett chamou a atenção na vitória do Botafogo
sobre o Madureira, por 2 a 1, no último domingo, pela Taça Rio. Com uma
atuação confusa, ele marcou um pênalti para o Botafogo, mas depois
voltou atrás. Nos minutos finais da partida, ainda rendeu a Seedorfsua
primeira expulsão no Alvinegro. Apesar de toda a polêmica causada,
Philip foi bem em todas as decisões, afirmou o comentarista de
arbitragem Leonardo Gaciba.
- O árbitro pediu para ele sair pelo lado mais próximo. Ele estava a oito metros da lateral. Se fosse atravessar o campo, seria mais de 40 metros até sair, o que retardaria o jogo. Fica claro, para mim, que, quando o Seedorf recebe o primeiro cartão amarelo, não é o Seedorf cavalheiro que estamos acostumados a ver, com suas atitudes sensatas. E claramente afronta a decisão do árbitro, saindo pela outra lateral, forçando o árbitro a dar o segundo amarelo – analisou Gaciba no “Troca de Passes”.
- O árbitro pediu para ele sair pelo lado mais próximo. Ele estava a oito metros da lateral. Se fosse atravessar o campo, seria mais de 40 metros até sair, o que retardaria o jogo. Fica claro, para mim, que, quando o Seedorf recebe o primeiro cartão amarelo, não é o Seedorf cavalheiro que estamos acostumados a ver, com suas atitudes sensatas. E claramente afronta a decisão do árbitro, saindo pela outra lateral, forçando o árbitro a dar o segundo amarelo – analisou Gaciba no “Troca de Passes”.
O comentarista também acredita que o juiz, se fosse mais experiente, talvez pudesse ter evitado a polêmica.
- Talvez daqui a seis, sete, ou oito anos, esse árbitro, que é jovem, promissor, de grande qualidade, não vá tomar essa decisão. Porque ele não “queimaria” o primeiro cartão amarelo tão rápido como ele apresentou. Com mais tempo de arbitragem, ele daria o cartão amarelo próximo à lateral para evitar esse confronto com o jogador – afirmou Gaciba.
- Talvez daqui a seis, sete, ou oito anos, esse árbitro, que é jovem, promissor, de grande qualidade, não vá tomar essa decisão. Porque ele não “queimaria” o primeiro cartão amarelo tão rápido como ele apresentou. Com mais tempo de arbitragem, ele daria o cartão amarelo próximo à lateral para evitar esse confronto com o jogador – afirmou Gaciba.
Seedorf comemora o gol da vitória do Botafogo sobre o Madureira (Foto: Alexandre Brum/Agência Estado)
Gaciba questionou o método de Philip para tomar suas decisões, o que,
para o comentarista, ajudou a criar uma atmosfera polêmica em Moça
Bonita. Além da expulsão de Seedorf, outro lance envolvendo o meia
chamou a atenção. Aos 30 minutos do primeiro tempo, o holandês achou
Rafael Marques na área, que acabou derrubado por Fernando. O árbitro deu
o pênalti, mas acabou voltando atrás na decisão pouco antes da cobrança
ser realizada, alegando uma posição irregular de Seedorf no início da
jogada - não percebida pelo auxiliar Luiz Claudio Regazone.
- Sendo simples, claro e objetivo: ele está correto em voltar atrás e marcar o impedimento e não marcar a penalidade e está correto em expulsar o Seedorf. Agora, a forma em que foi feito isso é que criou toda a polêmica. O que eu acho que aconteceu na primeira jogada foi que, quando é dada a cabeçada no centro do campo, o Seedorf está claramente em posição de impedimento. Só que o assistente, provavelmente, ficou na dúvida se o zagueiro dominou o bola no meio do caminho. E não levantou a bandeira – avaliou Gaciba.
- A jogada entra na área e há o pênalti. Nesse momento, provavelmente, houve a comunicação pelo microfone da equipe de arbitragem. Então o quarto árbitro deve ter avisado que, no começo da jogada, o Seedorf estava impedido – acrescentou.
- Sendo simples, claro e objetivo: ele está correto em voltar atrás e marcar o impedimento e não marcar a penalidade e está correto em expulsar o Seedorf. Agora, a forma em que foi feito isso é que criou toda a polêmica. O que eu acho que aconteceu na primeira jogada foi que, quando é dada a cabeçada no centro do campo, o Seedorf está claramente em posição de impedimento. Só que o assistente, provavelmente, ficou na dúvida se o zagueiro dominou o bola no meio do caminho. E não levantou a bandeira – avaliou Gaciba.
- A jogada entra na área e há o pênalti. Nesse momento, provavelmente, houve a comunicação pelo microfone da equipe de arbitragem. Então o quarto árbitro deve ter avisado que, no começo da jogada, o Seedorf estava impedido – acrescentou.
A dúvida em relação ao lance paira sobre como o juiz recebeu a
informação do impedimento. O mais provável é que tenha sido passada pelo
quarto árbitro, que estava perto da linha de impedimento de Seedorf. A
lei permite que, sem interferência externa, o quarto árbitro informe
sobre algo que só ele tenha visto.
Com a expulsão, Seedorf está fora do jogo contra o Friburguense, na
próxima quinta-feira, no Engenhão. O jogo é válido pela 3ª rodada da
Taça Rio.