Na sede do Botafogo, Engenhão será pauta em reunião de caciques
Com Montenegro a favor da devolução do estádio, ex-presidentes e grandes beneméritos discutem que atitude tomar depois da interdição
 
 
Cobertura do Engenhão tem problemas estruturais
(Foto: Fred Huber)
(Foto: Fred Huber)
 A discussão sobre a situação do Engenhão terá mais um capítulo nesta 
quinta-feira, às 18h (de Brasília), em General Severiano. O conselho 
consultivo do Botafogo, formado por ex-presidentes e grandes 
beneméritos, vai se reunir para procurar uma solução para a interdição 
do estádio, decretada no dia 26 de março pelo prefeito Eduardo Paes, por
 causa das más condições da cobertura.
 Com forte influência na política do clube, o ex-presidente Carlos 
Augusto Montenegro defende abertamente a devolução do Engenhão, que está
 sob a administração do Botafogo desde 2007. Ele garantiu que essa seria
 a decisão a ser tomada e que esta reunião serviria apenas para 
ratificá-la.
 Do outro lado, o presidente Maurício Assumpção vem conversando com 
Eduardo Paes, e na manhã de quarta-feira houve um encontro entre os dois
 para discutir o caso. O contato entre eles acontece constantemente para
 amenizar as perdas sofridas pelo Botafogo com o fechamento do estádio.
 Maurício disse que sua maior preocupação no momento é recuperar o 
prejuízo. O clube já tinha costurado um acordo para negociação dos 
naming rights com a Caixa Econômica Federal. Com a interdição, esse 
acordo foi abortado e a expectativa é de que a situação do Engenhão 
possa comprometer futuros contratos.
 O prejuízo com o fechamento do estádio ainda não foi calculado. Também 
não há cláusula de devolução por problemas estruturais no termo de 
concessão. A prefeitura ainda não passou qualquer prazo ao Botafogo para
 reabrir o local. A pauta é grande e a conversa promete ser longa e 
cheia de polêmicas.

 
 
