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Diretor do Botafogo nega devolução do Engenhão: 'Não existe essa chance'

Sergio Landau rebateu comentários do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro

 

AFP - SCRIPT :Os responsáveis pelos projetos de urbanização do Rio de Janeiro concederam nesta quarta-feira uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre o fechamento do estádio João Havelange, na zona norte. Após a análise dos técnicos, não há prazo para a reabertura do “Engenhão”, que deve sediar as provas de atletismo das Olimpíadas em 2016. 
 
A interdição foi motivada por problemas estruturais constatados na cobertura da arena. Segundo o laudo, O deslocamento na estrutura foi 50% superior ao que estava previsto no projeto.SONORA - Marcos Vidigal, Engenheiro do consórcio responsável pela obra "O risco que estamos falando é da ocorrência de um vento que em uma determinada altura e em uma intensidade e direção específicas, ele pode, pode, ocorrer uma ruína. Não quer dizer que vai ocorrer, o vento inclusive pode ocorrer e não acontecer nada no estádio. 
 
Quem é morador do Rio de Janeiro já viu entrar ventos maiores do que 63 kmh e estádio está lá. O que ocorre é que na medida em que o relatório coloca a condição de risco, o estádio não pode ser mais utilizado".O presidente da RioUrbe, empresa municipal de urbanização, estima pelo menos 30 dias a 60 dias para dar um diagnóstico ao problema. 
 
A notícia despertou vários questionamentos sobre a qualidade de outras obras de infraestrutura esportiva na cidade, às vésperas da Copa das Confederações em junho e do Mundial de futebol em 2014. SONORE - Armando Queiroga, Presidente da RioUrbe
 
"Vamos construir ‘olympic venues’ nos próximos anos, nós temos responsabilidade com isso. O fato ocorrido hoje é um fato isolado”.O prefeito Eduardo Paes, que decretou na terça-feira o fechamento do estádio construído em 2007, descartou que ele seja demolido. 
 
Paes reforçou que a questão deve ser resolvida rapidamente para não atrapalhar as partidas do campeonato carioca de futebol.

O fechamento do Engenhão, ainda sem previsão de reabertura, vem fazendo estragos nas finanças do Botafogo. Além de não ter sua casa para mandar seus jogos e obter receitas, o clube, de acordo com o presidente Maurício Assumpção, perdeu contrato de naming rights no valor de R$ 30 milhões que estava prestes a ser anunciado.

Nesta terça-feira, o ex-presidente e atual membro do conselho consultivo do Glorioso, Carlos Augusto Montenegro veio a público afirmar que a diretoria planeja devolver as chaves do estádio à Prefeitura do Rio para não ter mais que arcar com os prejuízos do aparelho esportivo.

Segundo o ex-mandatário, o Botafogo não teria condições de realizar a manutenção do Engenhão sem poder utilizá-lo. Com veêmencia, Montenegro chegou a decretar que o estádio estava "podre".

Porém, a posição oficial do Alvinegro é outra. Procurado pela reportagem do Yahoo! Esporte Interativo, o diretor executivo e responsável pela administração do estádio, Sergio Landau refutou qualquer possibilidade de o Botafogo repassar o controle do Engenhão à cidade do Rio de Janeiro.

"Não existe essa chance, não estamos nem discutindo. Isso é uma iniciativa que não faz parte da diretoria executiva do Botafogo", comentou Landau, referindo-se às posições adotadas pelo ex-presidente.

"Isso é uma decisão dele. Ele vai discutir com outros conselheiros para tentar vender o peixe dele", disse o dirigente.

Nesta quinta-feira, está marcada uma reunião do conselho consultivo alvinegro para discutir a questão e é esperado o choque entre as duas correntes do clube.