Carrapato no Botafogo, Gabriel compara roubadas de bola a um gol
Depois do título da Taça Guanabara, volante espera que time mantenha identidade de time aguerrido, de operários, na sequência da temporada
Gabriel marcou apenas um gol em 30 jogos pelo Botafogo. Volante, essa
não é a sua principal função em campo. A força na marcação, as roubadas
de bola e a proteção à defesa são as armas com as quais enfrenta os
adversários. Por isso, aos 20 anos, sabe dar valor a cada centímetro
conquistado no território do rival, como aconteceu na vitória por 1 a 0
sobre o Vasco, que valeu o título da Taça Guanabara.
Gabriel durante o treino do Botafogo nesta quinta-feira (Foto: Guito Moreto / Agência O Globo)
Seu único gol aconteceu na goleada de 4 a 1 sobre o Atlético-GO, no
Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado. Em um chute de fora
da área, conseguiu balançar a rede. No entanto, ele tem muitos outros
gols em sua cabeça.
- Eu jogo mais na marcação e cada bola que eu tiro para lateral ou
roubo do adversário encaro como um gol. É a mesma coisa quando o
Jefferson faz uma grande defesa. Essa é a identidade de um time
aguerrido, de operários, que devemos manter durante a temporada - disse
Gabriel.
Promovido aos profissionais no começo do ano passado, Gabriel chegou
como opção para a lateral direita. Com o passar dos treinamentos,
conseguiu encontrar espaço na sua posição de origem e, em seguida,
ganhou a posição de titular no começo do segundo turno do Brasileiro.
O jeito de jogar, sempre como um carrapato na marcação, vem desde as
categorias de base. Ele chegou ao Botafogo em 2011 e, hoje, é
considerado uma das peças importantes do elenco do técnico Oswaldo de
Oliveira.
- Desde a base tenho essa característica, mas em um jogo decisivo, fica
mais à flor da pele. É natural. Espero me manter assim por toda a minha
carreira - comentou Gabriel.
O volante volta a campo com o Botafogo, sábado, contra o Quissamã, no Engenhão, pela primeira rodada da Taça Rio.