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Caio fala em tom de despedida do Figueira e projeta 2013 no Botafogo

Atacante explica 'erro' de cálculo sobre lesão e revela carinho pelo clube catarinense e desejo de ter uma sequência no Fogão no próximo ano

 

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis

Nove gols e oito pontos. A temporada 2012 ficará marcada na memória e no corpo do atacante Caio. Na cabeça — e no coração — do jogador por ter realizado aquele que considera o melhor ano da carreira. Na pele, por ter conquistado pontos, não na tabela de classificação que ajudariam ao Figueirense a escapar da zona de rebaixamento. Mas pela cirurgia no pé esquerdo que lhe rendeu uma cicatriz e interrompeu a esperada sequência de jogos. O ano de Caio no Figueirense — e a passagem por Florianópolis —, infelizmente para o jogador e a torcida alvinegra de Santa Catarina, terminou prematuramente.

Caio, Figueirense (Foto: Luiz Henrique, divulgação / FFC) 
 
A passagem por Floripa ficará marcada na pele e memória do atacante (Foto: Luiz Henrique, divulgação / FFC)
 
Ao cair no gramado, por volta dos 18 minutos do primeiro tempo na partida contra o Vasco, no dia 29 de setembro, caiu também uma parte importante das esperanças do torcedor do Figueirense na luta contra o rebaixamento. Caio, depois de abrir o placar em São Januário, pela 27ª rodada, fraturou o quinto metatarso do pé esquerdo — osso de difícil pronuncia situado próximo do dedo mindinho. Foi preciso um procedimento cirúrgico, que, a princípio, o impossibilitou de atuar no restante do Brasileiro — na previsão inicial eram esperados seis semanas de ausência do gramado.

— Eu fiquei desesperado, senti o estalo no pé. Eu senti muita dor, só pensava em fazer o raios-X para saber se havia quebrado alguma coisa — conta Caio.

Na última semana, o jogador publicou em seu perfil em uma rede social que iria retornar aos gramados antes mesmo do esperado e ajudar ao Figueira nas rodadas finais. Porém, o jogador cometeu um equivoco.

números de Caio no Figueira
  • Jogos: 26
    Finalizações: 34
    Gols: 9
    Passes certos: 309 (84,1%)
    Faltas cometidas: 47
    Faltas recebidas: 97
    Roubadas de bola: 19
    Jogadas pela linha de fundo: 17
     
— Eu gosto de ser muito realista com as pessoas que me seguem e com a diretoria. Dia 12, eu vou receber alta e colocar o pé no chão. Porém, eu vou passar um período de recondicionamento físico mais a fisioterapia. Então, seria arriscado retornar nestas condições — explica.

A fratura interrompeu a melhor temporada do atacante. Com nove gols marcados e 26 jogos, o atacante é o vice-artilheiro da equipe no Brasileirão, atrás de Aloisio, e era titular absoluto da equipe que briga contra o rebaixamento desde a 10ª rodada.

Por tudo, Caio é grato ao Figueirense e também ao torcedor catarinense. Em Volta Redonda, cidade natal, o atacante aproveita os tempos que está em recuperação para receber o carinho dos pais e da namorada. O que resta ao jogador é torcer. Na próxima rodada do Brasileiro, o Alvinegro encara o Flamengo, na sua cidade e Caio irá reencontrar os companheiros.

Caio e Aloisio, Figueirense e Corinthians (Foto: Cristiano Andujar / Futura Press) 
Caio e Aloisio, a dupla que deu certo no Figueirense
(Foto: Cristiano Andujar / Futura Press)
 
 
— Eu fico triste, sou jovem quero estar sempre jogando ainda mais no clube que me recebeu de braços abertas e uma torcida que me abraçou de maneira especial. Vivi o melhor momento da careira, com os nove gols. Estarei no hotel no sábado e vou estar também no estádio torcendo pelos meninos — fala.

Falar sobre o futuro pode ainda ser prematuro. Emprestado pelo Botafogo, clube que tem contrato até 2014, o retorno parece ser natural. E ao falar no clube carioca, Caio deixa aberto o desejo de ter mais oportunidades no Fogão. Porém, Florianópolis deixará o atleta com saudades.

— Eu levo tudo de bom de Florianópolis, maravilha de cidade e de clube. Amadureci bastante e tive a sequência que sempre pedi no Botafogo. Eu tive momentos bem felizes no Figueirense. Não sei o que irá acontecer até o começo do ano, mas devo me reapresentar no Botafogo. O meu desejo não é nem de brilhar lá, mas é ter jogar para mostrar meu futebol — explica.