Ao lado da realeza holandesa, Seedorf divulga o 'Panna' no Rio
No Maracanãzinho, crianças de escolas do Rio de Janeiro participam de lançamento de evento da modalidade esportiva, que incentiva os dribles
Seedorf lança projeto no Rio de Janeiro
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Ao lado da realeza holandesa, o meia Clarence Seedorf, do Botafogo,
lançou nesta quinta-feira, no Maracanãzinho, o “Panna Knock Out”,
projeto para 150 crianças de escolas do Rio de Janeiro. O objetivo é
organizar o primeiro campeonato mundial desta modalidade durante a Copa
de 2014. "Panna" é uma expressão em holandês que significa "jogar a bola
entre as pernas do oponente" e estimula a coesão e a participação
social.
Seedorf deu uma demonstração do jogo em companhia do príncipe
Willen-Alexander. Ex- jogadores holandeses, como Aaron Winter e Van
Hooijdonk, também participaram. A princesa Máxima acompanhou tudo de
perto e se divertiu. A secretária de Esporte e Lazer do estado do Rio de
Janeiro, Marcia Lins, recebeu uma camisa da Holanda personalizada. E a
boa aceitação das crianças animou Seedorf.
- Estou muito feliz. As crianças já estão jogando, brincando. Foi um
sucesso. O Panna é uma coisa muito holandesa, nasceu nas ruas. É uma
brincadeira em que passar a bola por entre as pernas dá ponto. Aí
criaram o campo. Normalmente é um contra um ou dois contra dois. É
técnica pura. Na Holanda tem uma função social também. Qualquer lugar
pode ter um campo. Tira as crianças das coisas erradas - explicou o
jogador.
O príncipe Willien-Alexander não mostrou muita intimidade com a bola, mas foi perdoado por Seedorf, sua dupla no Panna.
- O príncipe é um cara esportivo, acho que se saiu bem. Temos que
praticar mais juntos, mas acho que foi legal. Futebol ele deve ter
praticado pouco, mas sempre dá apoio aos atletas na Holanda.
Seedorf ao lado do príncipe Willien e da secretária Marcia Lins (Foto: Vanessa Carvalho / Ag. Estado)
Esta foi a primeira visita do craque botafoguense ao complexo do Maracanã, local que ele pretende frequentar em breve.
- Quando estiver prontinho, quero entrar neste teatro do futebol
brasileiro. Vou jogar aqui. Não sei se como jogador ativo ou depois.
Mais importante é que o estádio esteja pronto para receber a Copa do
Mundo.
Seedorf comentou sobre a importância de o Brasil se preocupar com os
benefícios que a Copa do Mundo poderá trazer para o país depois da
realização do Mundial.
- O Brasil está acostumado a sediar grandes eventos, acho que tudo vai
dar muito certo. O Mundial carrega coisas boas, mas pode deixar coisas
ruins. Tem que existir um motivo para as coisas, é importante se
preparar para o depois. O legado que as empresas podem deixar é
importante. Tem que existir esta preocupação social.
A ação foi parte do seminário “Copa & Olimpíadas: a experiência da
Holanda em gerenciamento de Estádios, Segurança e Soluções
Sustentáveis”, que reuniu autoridades e empresários brasileiros e
holandeses. Os países vão compartilhar experiências e conhecimentos nas
áreas de soluções inteligentes para a estruturação de estádios, tráfego
de multidões e segurança pública, além de soluções sustentáveis para o
setor. Durante o evento, foram assinados acordos entre empresas
brasileiras e holandesas relacionados ao esporte.
Crianças praticam o Panna no Maracanãzinho (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)