Entre gol e pênalti perdido, Elkeson finaliza mais que o time todo somado
Em meio à escassez de atacantes no elenco do Botafogo, camisa 9 chega a seis gols no Campeonato Brasileiro e tenta se firmar improvisado na posição
Na arquibancada do Engenhão, a torcida do Botafogo exibiu a faixa "Cadê o ataque?" na vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, nesse domingo. O protesto contra a falta de atacantes atinge diretamente Elkeson, escolhido do técnico Oswaldo de Oliveira para ocupar a posição. Neste jogo, o camisa 9 fez um gol, perdeu um pênalti e foi o maior finalizador do time, com cinco tentativas, mais do que todos os seus companheiros somados (três).
Elkeson marcou o primeiro gol e chegou a seis, um a menos do que Andrezinho, artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, e quatro atrás dos líderes Fred, Vagner Love e Luís Fabiano, com dez cada. Ele poderia ter feito mais um se tivesse convertido a cobrança de pênalti, que parou nas mãos do goleiro Vanderlei (veja o vídeo abaixo).
- Elkeson tem as características de um grande atacante. É técnico, inteligente, corajoso, forte, usa bem os dois pés, mas precisa trabalhar mais nessa função. Como todos os outros atacantes, oscila. É assim mesmo. Vai se tornar mais regular quando se habituar mais e depois de ter companheiros mais frequentes. Os homens que se aproximam dele acabam mudando muito - disse Oswaldo.
Atualmente, o treinador conta apenas com Willian, de 20 anos, e Sassá, de 18, como especialistas para a função. Contratado na janela de transferências internacionais em julho, Rafael Marques, ex-Omiya Ardija-JAP, sofreu grave torção no tornozelo esquerdo e ainda não tem previsão de retorno. Vitinho, de 18 anos, é outra opção.
O próximo jogo do Botafogo é contra o Cruzeiro, quarta-feira, em Belo Horizonte, pela 22ª rodada. Elkeson seguirá como único atacante e, mais uma vez, terá um meio-campo diferente para acompanhá-lo, já que Lodeiro, destaque da vitória sobre o Coritiba, estará a serviço da seleção do Uruguai.
Assista ao pênalti perdido por Elkeson: