Inglaterra   - Uma das sensações do torneio paralímpico de futebol   de 7, para atletas com paralisia cerebral, a seleção  brasileira volta a campo nesta segunda-feira para enfrentar os Estados Unidos às 9h (5h de Brasília), na Riverbank Arena, em Londres. Em busca da segunda vitória   na competição - venceu a Grã-Bretanha por 3 a 0 sábado - o time tem como ponto forte o bom entrosamento de oito dos 12 jogadores que estão disputando os Jogos: eles defendem o Botafogo Clube Superar.

"Eu jogava na Andef, lá de Niterói, e fui convidado pelo nosso técnico, o Paulo Cruz, que na época estava montando o time do Botafogo ", conta José Carlos Guimarães, o Zeca, pivô do time brasileiro e morador de Queimados, na Baixada Fluminense .

Ex-entregador de quentinha e ex-ascensorista, Zeca é hoje um jogador profissional que treina e faz musculação para aguentar os rigores do esporte. Ainda assim, ele convive com alguma situações características do amadorismo, como a falta de campo para treinos.

"A gente treina no Aterro do Flamengo e em vários outros lugares", diz, lembrando que o time não possui um campo  exclusivo. O Botafogo fornece apenas o uniforme com a famosa estrela solitária e o material para jogo e treinos.

Além de Zeca, pertencem ao Botafogo Superar o goleiro reserva Jorge Luiz e os jogadores de linha Yurig, Wanderson, Jan, Mateus, Fábio e Luciano. O técnico Paulo Cruz também dirige o Alvinegro.
"Este é o melhor time que já formamos na modalidade", garante Paulo.

O Botafogo foi formado ano passado e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro da categoria.

"No início do ano vimos alguns atletas e fizemos convites para jogar conosco. Com a estrutura oferecida pelo Instituto Superar, foi possível compor equipe", acrescentou.

O Instituto Superar é uma ONG que busca a inclusão social de crianças e adolescentes através de atividades culturais, especialmente o esporte. No Brasil atualmente existem oito clubes disputando a Primeira Divisão do futebol de 7 e seis times na Segunda Divisão.