Seedorf defende que equipe se cobre para 'jogar no nível máximo'
Holandês, em participação no programa 'Globo Esporte', afirma que o jogador que fica quieto não chama a responsabilidade
Seedorf
marcou presença no "Globo Esporte", da Rede Globo, nesta sexta-feira,
para receber a camisa do Inacreditável Futebol Clube - por conta do gol
perdido contra o Quissamã - e aproveitou para bater um papo com o
apresentador Alex Escobar. O holandês falou sobre as vezes em que cobrou
algum companheiro - como já aconteceu com Antônio Carlos, Márcio
Azevedo e Jefferson - e disse que é fundamental que haja esse
comportamento dentro do elenco.
- Tem que aceitar. Não é só porque eu cobro, todo mundo tem que se
cobrar. Para jogar no nível máximo, a cobrança é uma coisa fundamental
para tirar o máximo de cada um. Tem que chamar a responsabilidade, e
quem fica quieto não chama a responsabilidade. Se você cobra, significa
que você tem que ser o primeiro a fazer também - disse o holandês de 36
anos.
Ele viu no programa as imagens do jogo contra o Atlético-GO, no
Brasileiro do ano passado. No fim da vitória por 4 a 0, o meia sentiu
uma lesão na coxa e chorou na beira de campo. A tristeza, garante ele,
era justamente pela possibilidade de ficar fora da reta final do
campeonato, em que o Botafogo se recuperava e brigava para chegar à
Libertadores.
- Eu gosto do que faço. Quando faço uma coisa, tento fazer o máximo que
posso. Para mim isso é normal. Era um momento importante para o
Botafogo, estávamos indo bem. Sabia da minha importância naquele momento
para dar continuidade aos resultados. Era mais decepção do que dor. Era
um momento delicado - avaliou.
Seedorf com Alex Escobar e a taça da Liga dos
Campeões (Foto: Juliana Vicente)
Campeões (Foto: Juliana Vicente)
Sem a vaga na Libertadores, Seedorf passou a colocar outros planos em
prática em 2013. Recentemente, circulou a notícia de que ele estaria
fazendo estágio em clubes de menor expressão do Rio para se tornar
treinador de futebol. Ele ficou surpreso quando Alex Escobar apresentou o
número de mudanças de técnico do Flamengo nos últimos dez anos - foram
26. Neste mesmo período, o Milan teve apenas três.
- É muita diferença. Não é só a questão do treinador. Sempre acho que,
quando um clube decide trabalhar com alguém, pode dar problema uma vez,
duas vezes, mas na terceira também tem que olhar para si mesmo para
saber se as escolhas feitas foram certas. Porque se você compra um
projeto com alguém, tem que deixar o cara fazer um trabalho de dois
anos, três anos. Foi o que o Corinthians fez. Eles também tinham
problemas. Lembro que, um ano antes de ganhar a Libertadores, eles
ficaram com o treinador. As coisas são assim - lembrou.