Após punir organizadas do Fla e do Vasco, MP irá investigar a Young Flu
Membros da organizada espancaram e assaltaram vascaínos no domingo passado
A bola da vez do Ministério Público estadual é a Young Flu. Após a Torcida Jovem do Flamengo e a Força Jovem do Vasco serem banidas dos estádios por seis meses, o MP aguarda apenas receber a representação
do Grupamento Especial de Policiamento dos Estádios (Gepe) para
instaurar um inquérito sobre as agressões cometidas por membros da
organizada. No sábado, 23 torcedores do Fluminense, incluindo dois
menores, foram flagrados espancando e assaltando dois torcedores do
Vasco na estação de trem do Engenho de Dentro.
Na terça-feira, a Young Flu anunciou que expulsou os cinco membros da organizada que estão entre os detidos, e divulguou sua página da rede social Facebook um comunicado informando que repassou ao Gepe a relação dos representantes de sub-sedes da torcida, conforme solicitação do MP. Além disso, a nota afirma que a diretoria pretende apurar o caso junto às autoridades para tomar as medidas cabíveis.
"Embora não nos responsabilizemos por atos provocados por decisões individuais de nossos componentes, iremos apurar o caso junto às autoridades e tomaremos medidas com base em nosso estatuto e nas resoluções internas, cabendo aos envolvidos que forem filiados à torcida, punições, suspensões e até mesmo exclusões", diz trecho da nota.
Já o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, disse que o clube ainda estuda uma punição para a Young Flu, mas espera a conclusão do caso.
Jovem do Flamengo e Força Jovem do Vasco estão banidas por seis meses
No cerco aos torcedores brigões, quarta-feira foi a vez de o Ministério Público estadual anunciar que a Torcida Jovem do Flamengo está banida dos estádios brasileiros por seis meses, por causa da morte do vascaíno Diego Martins Leal, no domingo retrasado. A 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte assinou um compromisso de ajustamento de conduta com a Torcida Jovem do Flamengo, semelhante ao que foi firmado, na semana passada, com a Força Jovem do Vasco, em decorrência do assassinato do flamenguista Bruno de Santa Ana Saturnino, em maio. A punição será válida durante os jogos do returno do Campeonato Brasileiro e do início da Taça Guanabara, em 2013.
A decisão proíbe o uso de faixas, bandeiras, instrumentos musicais e camisas da agremiação durante as partidas. O descumprimento do acordo implicará multa de R$ 5 mil, além de novas suspensões. A medida, no entanto, não impede a entrada de integrantes das torcidas nos estádios. Para isso, explica o promotor Pedro Rubim Borges Fortes, seria necessário que o Ministério do Esporte levasse adiante o compromisso de cadastrar os integrantes de torcidas, investir na identificação biométrica dos frequentadores e instalar roletas eletrônicas nos principais estádios, dentro do programa Torcida Legal, que ainda não chegou ao Rio:
— Enquanto o Ministério do Esporte não fizer investimentos, a medida do MP tem uma eficácia relativa. Mas, para as torcidas, é um prejuízo serem proibidas de entrar nos estádios com seus símbolos e de ter um patrocínio.
Presidente do TJ se reunirá com clubes
Diante da frequência e da gravidade de crimes praticados por torcidas organizadas, a Justiça decidiu também agir para fechar o cerco aos “bandidos travestidos de torcedores”, nas palavras do presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Ele se reunirá com os presidentes dos maiores clubes cariocas (Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense) e da Federação de Futebol do Estado do Rio para discutir formas de reduzir a violência nos estádios:
— Queremos levar adiante a ideia de os clubes terem fichas cadastrais dos integrantes das torcidas organizadas. Aqueles que agirem com violência serão identificados e proibidos de voltar ao estádio. Podemos até colocar fotos deles nas entradas do Engenhão e, em breve, do Maracanã. Outra ideia é premiar as torcidas mais pacíficas. Os clubes poderiam, por exemplo, sortear camisas do time autografadas pelos jogadores.
O governador Sérgio Cabral disse que o estado vem agindo energicamente contra os torcedores violentos:
— Eles são delinquentes que prejudicam um espetáculo maior. Uma coisa é você se organizar numa torcida e ir ao estádio vibrar com os seus craques. Outra é cometer atos ilícios, sobretudo a violência que resulta até em morte de pessoas.
Na terça-feira, a Young Flu anunciou que expulsou os cinco membros da organizada que estão entre os detidos, e divulguou sua página da rede social Facebook um comunicado informando que repassou ao Gepe a relação dos representantes de sub-sedes da torcida, conforme solicitação do MP. Além disso, a nota afirma que a diretoria pretende apurar o caso junto às autoridades para tomar as medidas cabíveis.
"Embora não nos responsabilizemos por atos provocados por decisões individuais de nossos componentes, iremos apurar o caso junto às autoridades e tomaremos medidas com base em nosso estatuto e nas resoluções internas, cabendo aos envolvidos que forem filiados à torcida, punições, suspensões e até mesmo exclusões", diz trecho da nota.
Já o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, disse que o clube ainda estuda uma punição para a Young Flu, mas espera a conclusão do caso.
Jovem do Flamengo e Força Jovem do Vasco estão banidas por seis meses
No cerco aos torcedores brigões, quarta-feira foi a vez de o Ministério Público estadual anunciar que a Torcida Jovem do Flamengo está banida dos estádios brasileiros por seis meses, por causa da morte do vascaíno Diego Martins Leal, no domingo retrasado. A 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte assinou um compromisso de ajustamento de conduta com a Torcida Jovem do Flamengo, semelhante ao que foi firmado, na semana passada, com a Força Jovem do Vasco, em decorrência do assassinato do flamenguista Bruno de Santa Ana Saturnino, em maio. A punição será válida durante os jogos do returno do Campeonato Brasileiro e do início da Taça Guanabara, em 2013.
A decisão proíbe o uso de faixas, bandeiras, instrumentos musicais e camisas da agremiação durante as partidas. O descumprimento do acordo implicará multa de R$ 5 mil, além de novas suspensões. A medida, no entanto, não impede a entrada de integrantes das torcidas nos estádios. Para isso, explica o promotor Pedro Rubim Borges Fortes, seria necessário que o Ministério do Esporte levasse adiante o compromisso de cadastrar os integrantes de torcidas, investir na identificação biométrica dos frequentadores e instalar roletas eletrônicas nos principais estádios, dentro do programa Torcida Legal, que ainda não chegou ao Rio:
— Enquanto o Ministério do Esporte não fizer investimentos, a medida do MP tem uma eficácia relativa. Mas, para as torcidas, é um prejuízo serem proibidas de entrar nos estádios com seus símbolos e de ter um patrocínio.
Presidente do TJ se reunirá com clubes
Diante da frequência e da gravidade de crimes praticados por torcidas organizadas, a Justiça decidiu também agir para fechar o cerco aos “bandidos travestidos de torcedores”, nas palavras do presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Ele se reunirá com os presidentes dos maiores clubes cariocas (Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense) e da Federação de Futebol do Estado do Rio para discutir formas de reduzir a violência nos estádios:
— Queremos levar adiante a ideia de os clubes terem fichas cadastrais dos integrantes das torcidas organizadas. Aqueles que agirem com violência serão identificados e proibidos de voltar ao estádio. Podemos até colocar fotos deles nas entradas do Engenhão e, em breve, do Maracanã. Outra ideia é premiar as torcidas mais pacíficas. Os clubes poderiam, por exemplo, sortear camisas do time autografadas pelos jogadores.
O governador Sérgio Cabral disse que o estado vem agindo energicamente contra os torcedores violentos:
— Eles são delinquentes que prejudicam um espetáculo maior. Uma coisa é você se organizar numa torcida e ir ao estádio vibrar com os seus craques. Outra é cometer atos ilícios, sobretudo a violência que resulta até em morte de pessoas.