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No Maracanã, ato por segurança no trabalho reúne Bebeto e Ronaldo

Evento no palco da final da Copa de 2014 foi marcado por presença de políticos e metáforas com futebol


 Ronaldo chegou 50 minutos atrasado (Foto: Steffen Schmidt/EFE)
 
Leo Burlá
Rio de Janeiro (RJ)
 
Um evento sobre segurança no trabalho reuniu nesta sexta-feira Ronaldo e Bebeto, membros do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL), em frente ao Maracanã. Em agosto passado, um acidente com um operário foi o estopim para uma greve no estádio.

Debaixo de um sol escaldante, o evento, que também teve a participação de Luiz Fernando Pezão, vice-governador do Rio de Janeiro, João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi um ato no esforço de conscientização da necessidade do uso dos equipamentos de segurança.

Os oradores abusaram de metáforas futebolísticas para facilitar a compreensão dos operários, que vibraram com as palavras como se fossem gols.

- Eu também usava caneleira quando era jogador - disse Ronaldo, procurando não se estender muito.

Dalazen disse que o excesso de confiança no trabalho pode ser fatal para os operários. Para ilustrar sua fala, recordou a Seleção Brasileira de 1950, que, considerada superior, foi batida pelo Uruguai na final da Copa.
Bebeto pediu aos operários 'que eles precisam virar o jogo' contra o alto índice de acidentes nos locais de trabalho. De acordo com dados oficiais, o Brasil tem a quarta pior média mundial neste tema.

Como não poderia deixar de ser, o ato também foi palco para afagos e manifestações políticas. Gilberto Carvalho usou seu tempo para enumerar feitos da gestão de Dilma Rousseff, enquanto Nilson Duarte, presidente do Sindicato da Construção Pesada do Rio de Janeiro lembrou que a segurança também é de responsabilidade dos empregadores, para ovação das centenas de trabalhadores presentes.

Ao fim do ato, que teve duração de aproximadamente 45 minutos, as autoridades subiram ao mirante do Maracanã para observarem o andamento das obras, àquela altura completamente parada.

Segundo, o último relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), apenas 25,4% da obra do Maracanã, cujo orçamento é de R$ 859,4 milhões, foram concluídos.