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Loco encerra trabalho especial de oito sessões, e comissão garante melhora

Atacante uruguaio volta a estar à inteira disposição de Oswaldo de Oliveira, mas fisiologista alerta para perigos da sequência de jogos quarta e domingo

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Loco Abreu treino do botafogo (Foto: Cezar Loureiro / O Globo) 
Loco Abreu em ação em General durante período
do trabalho especial (Foto: Cezar Loureiro/O Globo)
 
A sensação que fica após o trabalho particular de recondicionamento físico feito por Loco Abreu, encerrado nesta quarta-feira, é que a melhora do atacante, comprovada pelo otimismo dos departamentos físico e fisiológico do clube, poderá até devolvê-lo à condição que atingiu em temporadas anteriores, apesar dos 35 anos. Mas, ainda assim, está longe do ideal. Diante do calendário do futebol brasileiro, com preparação reduzida e sequências apertadas de jogos, o uruguaio necessitava de mais. A iniciativa partiu do próprio jogador, que, em conjunto com a comissão técnica, pediu um refresco para retomar algo tratado como "potência muscular".

- Foram oito sessões de muito sucesso, a dedicação do Loco Abreu fez a diferença, ele quis muito, e estamos satisfeitos com os resultados. É claro que o desempenho no jogo depende de uma série de fatores, mas contra o Treze-PB (há uma semana, pela Copa do Brasil) já houve evolução. Consideramos essa ideia depois do jogo contra o Volta Redonda, e o trabalho durou exatas três semanas. Agora, ele volta a estar à inteira disposição do Oswaldo para os treinos regulares com o elenco - afirmou o preparador físico, Ricardo Henriques.

A parte da academia foi fundamental na atividade e recebeu atenção especial. No campo, Loco reforçou a explosão em distâncias curtas e giros com a bola. Muito suor foi derramado, o que gerou elogios dos companheiros. O capitão alvinegro esteve em General Severiano até mesmo em dias de jogos que não participou, aqueles que foram retirados de sua agenda para que a cartilha surtisse efeito.

Foram oito sessões de sucesso, a dedicação do Loco Abreu fez a diferença, ele quis muito, e estamos satisfeitos com os resultados. O desempenho no jogo depende de uma série de fatores, mas contra o Treze-PB (há uma semana, pela Copa do Brasil) já houve evolução"
Ricardo Henriques, preparador físico
 
- É um trabalho supercompensado, não é como um remédio, que você toma e no dia seguinte está bom. Neste nível, o imediatismo não funciona. Não seria possível construir isso sem que ele ficasse fora de metade das partidas no período. O desgaste muscular é grande, incompatível com o recondicionamento. Mas tudo o que o elenco fez, o Loco Abreu também fez, em horários e níveis diferentes. Por isso, não houve perda em relação aos demais - argumentou.

Para Altamiro Bottino, fisiologista do Botafogo, não está descartado o afastamento parcial do atacante para a repetição das sessões depois do começo do Campeonato Brasileiro, marcado para maio.

- Teremos uma leitura de como ele vai responder agora, mas eventualmente pode haver outro trabalho deste tipo no meio do ano. É evidente que precisava-se de mais tempo. Utilizamos o mínimo nesta situação, que é o que o calendário permite. Jogar quarta e domingo continua sendo complicado para qualquer um, ainda mais para um atleta de 35 anos - indicou.

No Vasco, nomes como Felipe e Juninho, em idade similar à de Loco, também costumam ficar fora de parte dos compromissos da equipe no mês, seguindo acompanhamento específico. Assim como no Fluminense, com Deco, que se machucou com frequência entre 2010 e 2011.

Loco Abreu treino Botafogo (Foto: André Casado / Globoesporte.com) 
 
Loco Abreu faz um de seus treinos à parte com o auxiliar Jair Ventura (Foto: André Casado/Globoesporte.com)