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Mauricio Assumpção exalta ambiente em 2012: 'Agora eles conjugam o nós'

Presidente garante que só tem ouvido relatos positivos dos jogadores que chegaram, elogia trabalho de Oswaldo e defende equipes física e médica

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Presidente Mauricio Assumpção (Foto: André Casado / Globoesporte.com) 
Presidente elogia coletividade do time e põe pano
quente no clima (Foto: André Casado / GE.COM)
 
Depois de uma reta final trágica no Campeonato Brasileiro do ano passado, o Botafogo apostou na manutenção do elenco para a nova temporada, mas sabia que era preciso uma nova mentalidade. Comissão técnica e diretoria têm tentado passar a importância da Copa do Brasil e não querem saber mais de individualismos. Presidente do clube, Mauricio Assumpção afirmou que já sente os efeitos. Para o dirigente, a união tem sido maior, mesmo com alguns tropeços e controvérsias sobre a má fase do ídolo Loco Abreu.

- Na verdade, vejo o ambiente bem melhor do que em 2011. Ouço coisas positivas, principalmente dos jogadores que chegaram, como Andrezinho e Fellype Gabriel. Acho que passamos a conjugar o verbo na primeira pessoa do plural, agora eles conjugam o "nós". Isso é importante. Loco é uma peça importante para o grupo, teve responsabilidades nos clubes em que passou, na seleção uruguaia. Entende o que é melhor para ele e o diálogo está funcionando - assegura Assumpção.
A crença na classificação contra o Treze-PB, às 22h, no Engenhão, é grande. A competição é o carro-chefe alvinegro por levar à Libertadores em até 12 jogos. Qualquer vitória ou até um empate sem gols põe o time carioca na segunda fase, para encarar o Guarani.

Não víamos o time com essa coletividade e garra assim há muito tempo. Acho que passamos a conjugar o verbo na primeira pessoa do plural, agora eles (jogadores) conjugam o nós"
Mauricio Assumpção
 
- Os jogadores sabem da responsabilidade que têm. Oswaldo (de Oliveira, técnico) passa isso a eles constantemente. Não víamos o time com essa coletividade e garra assim há muito tempo. Eles vão entender que o jogo é decisivo, e que é mata-mata. Se não matar, morreu. Espero que a gente mate, no bom sentido, dentro de campo, na bola - comentou.

De fato, ainda que some seis empates em 13 partidas em 2012, o Botafogo não perdeu, mesmo tendo jogado três clássicos. Se a campanha não pode ser considerada abaixo do esperado, a quantidade de jogadores é algo a ser acertado até o fim de abril. Mas sem previsão para a chegada reforços. O meio de campo é o único setor em que há abundância.

- Todo técnico quer um elenco forte. Oswaldo só tem o problema que todos querem ter (para escalar em algumas posições). Sabemos que ele vai fazer a melhor opção, ele tem feito isso com muita sabedoria. Quanto às mudanças, há reuniões semanais do André (Silva, vice de futebol) com o Anderson (Barros, gerente), e posso garantir que não estamos parados .

Força às equipes física e médica

A escassez de opção em certos casos foi evidenciada pelo acúmulo de lesões em dois meses, incomum para o padrão Botafogo, que perdeu pouquíssimos jogadores em 2011, liderando as listas do quesito. Maicosuel e Andrezinho, por exemplo, tiveram duas vezes problema parecido na coxa direita. Nada que gere mudança de conceito nos departamentos físico e médico.

- Tem lesões e lesões. Realmente o Andrezinho havia feito seis jogos como titular pelo Inter na temporada passada, então é óbvio que vai sentir o ritmo no começo. Houve partidas em campos ruins, que dificultam. E o Loco esteve numa viagem de sua seleção com temperatura negativa, o desgaste existe. Mas o departamento médico geral do Botafogo já deu demonstrações do gabarito que tem. Senão, teríamos várias lesões sérias - ponderou.