Lateral-esquerdo marca duas vezes e garante triunfo por 2 a 1, fora de casa. Macaca se reabilita, enquanto Pantera se complica
Na reestreia de Roger pela Ponte Preta, quem brilhou foi o lateral-esquerdo Uendel. Em noite de artilheiro, ele marcou duas vezes e levou a Macaca à reabilitação no Campeonato Paulista. Os gols do camisa 6 garantiram a suada vitória alvinegra por 2 a 1 sobre o Botafogo, nesta quinta-feira, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela 11ª rodada.
O resultado recoloca a Ponte no G8 da competição, posto que havia perdido após a goleada por 6 a 1 para o Santos. Com 18 pontos, a Alvinegra campineira assumiu a oitava colocação. Na parte de baixo da tabela, o Botafogo sofreu a segunda derrota consecutiva, estacionou nos seis pontos e se complicou de vez na luta contra o rebaixamento, na vice-lanterna.
Os dois times voltam a campo no domingo. Com o moral renovado, a Ponte tem mais um clube de Ribeirão Preto pela frente: o Comercial, às 18h30, na volta ao Majestoso. No mesmo horário, o Botafogo, afundado em crise, enfrenta o Oeste, em Itápolis.
Os gols no Santa Cruz deixam Uendel na artilharia isolada da Macaca na temporada, com quatro tentos, à frente de Leandrão, Renato Cajá e Rodrigo Pimpão, que marcaram três vezes. Edson descontou para o Botafogo. Os três gols saíram no primeiro tempo. A Ponte ainda atuou com um a menos desde os 15 minutos da etapa final, após a expulsão de Agenor, mas mostrou vontade para segurar a vantagem.
Enrico disputa lance com jogador do Botafogo-SP: reabilitação da Ponte (Foto: Thiago Calil/Assessoria BFC)
Lateral-artilheiro deixa Ponte em vantagem
Em um primeiro tempo equilibrado, com ligeiro domínio da Ponte, o lateral-esquerdo Uendel fez a diferença para a Macaca ao marcar duas vezes. O Botafogo pouco criou e conseguiu assustar pelo alto, principal deficiência alvinegra na temporada.
A Macaca começou melhor e levou perigo já aos sete minutos. Roger teve a chance de balançar a rede adversária logo no início da sua reestreia. Após falta da esquerda, Wescley tocou de cabeça, e o atacante pegou de primeira, de voleio, na entrada da área. A bola, porém, foi no meio do gol e facilitou a defesa de Juninho.
A primeira chegada do Botafogo foi aos 11 minutos, quando Camilo cobrou falta venenosa e quase surpreendeu Lauro, que precisou dar dois passos para trás e espalmar. Na sequência, foi a vez de Caio tentar pela Macaca. Da entrada da área, ele ajeitou para a esquerda e bateu. Juninho caiu no canto esquerdo e defendeu sem problemas.
O primeiro gol do jogo saiu em uma bela trama ofensiva da Macaca. O lance começou com Roger, na ponta esquerda, passou por Caio, João Paulo Silva, já no lado direito, e Gerson antes de Uendel empurrar para a rede. O lateral-esquerdo se jogou na bola e desviou chute de Gerson para abrir o placar, aos 23 minutos.
O Botafogo ficou nervoso com o gol. A Macaca tentou administrar o resultado, tocando a bola. Mas o problema dos lances aéreos voltou a atormentar a Ponte, aos 32 minutos. Glauber cruzou, Edson ganhou no alto de Agenor e cabeceou firme para empatar. Lauro até chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar.
A Macaca, ao contrário do Botafogo, cresceu após o gol adversário. Primeiro, Roger foi até a linha de fundo e cruzou. Enrico pegou de primeira. O chute saiu rasteiro e passou perto da trave esquerda de Juninho. Aos 38 minutos, a bola caiu nos pés de Uendel, que não perdoou.
Após bate e rebate na entrada da área, Roger ganhou disputa por cima, o lateral-esquerdo dominou, passou por Thiago Almeida com um lindo toque por cima e bateu na saída de Juninho para recolocar a Macaca na frente.
Com um a menos, Ponte segura pressão do Botafogo
O drible de Uendel, aliás, causou a saída de Thiago Almeida. Para o segundo tempo, Vagner Benazzi sacou o zagueiro e colocou Henrique Mattos. A mudança, com propósito defensivo, não ajudou o Botafogo no ataque.
A Ponte, por sua vez, adotou a postura de apostar nos contra-ataques. Assim, Roger apareceu na cara de Juninho, mas o goleiro fechou o ângulo e evitou o terceiro gol da Macaca. A estratégia da Ponte foi prejudicada aos 15 minutos.
Agenor, que já estava pendurada, fez falta no meio-campo, parando contra-ataque do Botafogo, recebeu o segundo cartão amarelo em nove minutos e foi expulso. Com um a mais, o Botafogo partiu para cima de vez. Em desvantagem numérica, a Macaca se fechou.
A falta de criatividade prejudicava o Botafogo. Benazzi já tinha tentado de tudo, com os atacantes Felipe e Taubaté nos lugares de Camilo e Murilo Ceará, respectivamente. Kleina gastou suas substituições com as entradas de Márcio Diogo, Willian Magrão e Bruno Nunes nas vagas de Caio, Enrico e Roger, respectivamente.
A pressão do Botafogo aumentou nos minutos finais. A última chance saiu dos pés de Taubaté. Já nos acréscimos, ele recebeu na entrada da área e bateu firme. A bola passou perto da trave, com Lauro vendido no lance. Alívio para a Ponte, reabilitada no Paulistão, desespero para o Botafogo, vice-lanterna do estadual.