Gilberto Cipullo negou que atletas tenham espalhado frutas ou bagunçado local no Engenhão e mostra relação de alimentos dos atletas sem bananas
Por Julyana Travaglia
São Paulo
Dois dias depois da partida com o Flamengo no Engenhão, o Palmeiras voltou a se defender das acusações do Botafogo, clube que gerencia o estádio carioca, de que teria sujado o vestiário da arena depois do confronto. Na tarde desta segunda-feira, na Academia de Futebol, Gilberto Cipullo, vice de futebol do Alviverde, falou sobre o episódio, afirmando que a bagunça no local não foi causada pelos atletas do seu time.
As acusações sobre a delegação alviverde ocorreram momentos antes da partida entre Botafogo e Atlético-PR, também no Engenhão, no último domingo. Na ocasião, Maurício Assumpção, presidente do Alvivnegro, reclamou sobre o estado em que o Palmeiras deixou o vestiário. Como forma de defesa, o dirigente divulgou o cardápio de alimentos que é servido aos jogadores nas partidas, onde não consta banana, fruta que aparece nas imagens registradas.
O Palmeiras divulgou o cardápio oferecido aos jogadores para a partida (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)
- Esperamos que este evento não atrapalhe e nem prejudique a relação quase centenária com o Botafogo. Mas o Palmeiras não pode admitir que seus profissionais sejam acusados de atos de vandalismo, como aconteceu, com acusações sem prova e embasamento. Isso que aconteceu foi uma armação e mal feita. O Palmeiras fez pelo menos 22 partidas como visitante e em nenhuma ninguém fez esse tipo de alegação - disse Cipullo, que ainda questionou sobre a demora para que o vestiário fosse limpo.
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- Por que a administração do estádio foi limpar o vestiário quase 18 horas depois disso, se nós saímos de lá por volta das 21h? - indagou.
O Palmeiras também fez questão de divulgar o cardápio dos atletas no Engenhão. A relação de alimentos, segundo o dirigente, é feita pela nutricionista do clube (Alessandra Favano) e encaminhada ao hotel onde o time costuma ficar hospedado nas cidades onde joga. Ainda de acordo com Cipullo, todas as frutas vão para o estádio descascadas e fatidas - laranjas, mexericas, melancias, manga e uvas roxas e verdes.
- A nossa nutricionista solicita tudo o que vai precisar no hotel, inclusive o que vai levar ao estádio. E não consta banana porque ela entende que não é recomendável para o pós-jogo. Quem fez a bagunça foi bem organizado, pois tinha uma casca do lado da outra, mas esqueceu de avisar a formiga para irem lá. É lamentável esse tipo de comportamento e esperamos que prevaleça o bom senso, e que a diretoria do Botafogo pense sobre isso e mude a forma de falar sobre a situação - continuou Cipullo.
Apesar do episódio, o Palmeiras ainda não pretende tomar alguma medida legal sobre o caso. Envolvidos na situação, os jogadores do Alviverde se defendem, alegando que são sempre cobrados pelo roupeiro (João da Silva Araújo) e pelo massagista (Sérgio de Oliveira) que acompanham o time a não deixarem os vestiários sujos.
- Fiquei triste porque as pessoas que trabalham nos vestiários carregam um monte de caixas e baús, sempre limpam tudo. Se não me falha a memória, banana era a única fruta que não tinha. Dificilmente tem porque temos outras coisas que suprem - afirmou o volante Edinho.