Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
Já sem cadeiras nas tribunas e cadeiras especiais e inferiores, o Maracanã está com suas obras restritas a demolições de estruturas, porque a Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não concedeu licença para as reformas completas. De acordo com o jornal 'O Globo', o pedido de autorização só foi protocolado na Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) no dia 27 de agosto, duas semanas após a Secretaria Estadual de Obras assinar contrato com o consórcio vencedor da licitação.
Maracanã sem assentos das tribunas e das cadeiras especiais e inferiores (Foto: Agência O Globo)
O processo caiu em exigência e um dos itens que faltam é o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que já foi consultado, mas de acordo com o jornal não há ainda um acordo com relação à cobertura do estádio, uma das partes mais caras da reforma: R$ 100 milhões, de um total de R$ 712 milhões. Segundo o superintendente do Iphan informa que a discussão é sobre a altura dos pilares que vão sustentar a cobertura:
- O Iphan deseja que eles sejam mais baixos.
Para a Empresa de Obras Públicas (Emop), que executa as reformas no Maracanã, está tudo dentro do cronograma, pois as obras só começariam mesmo daqui a 30 dias e que é rotineiro o fato de o projeto não ter sido licenciado. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Agostinho Guerreiro, porém, critica a Emop:
- Iniciar serviços sem licença não deveria jamais acontecer, até para evitar imprevistos que possam elevar os custos. Isso indica, mais uma vez, falta de planejamento de curto, médio e longo prazo.