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Joel defende Caio, mas revela bronca: 'Ele vai levar um puxão de orelhas'

Treinador não esconde a preocupação com a fase atual do camisa 9, que perdeu um gol incrível no fim da partida contra o Corinthians, no Pacaembu

Por Marcelo Prado
São Paulo



Com toda a diplomacia possível, o técnico do Botafogo, Joel Santana, diz que vai tratar a questão do atacante Caio internamente. O jogador, que após o empate com o Cruzeiro fez gestos obscenos na direção de alguns torcedores alvinegros que estavam no Engenhão, foi o vilão do empate por 1 a 1 com o Corinthians, na última quarta-feira, no estádio do Pacaembu.

No último lance da partida, ele tinha a bola dominada dentro da área, com o goleiro e Julio Cesar batido e, ao invés de tocar para Loco Abreu, que estava livre ao seu lado, tentou fazer um golaço por cobertura e mandou por cima do gol. No entanto, o treinador mandou um recado claro: acabou a paciência com o camisa 9. (Reveja o os melhores momentos da partida e acompanhe o incrível lance)

- É claro que ele errou. Mas vamos tratar isso dentro de casa. Esse rapaz foi muito bem no Campeonato Carioca, quando eu praticamente o adotei. Ultimamente, estão acontecendo algumas coisas que não são normais com um jogador com o seu potencial. Ele é inteligente e sabe o que quer da vida. O melhor dele é o melhor do Botafogo. Quando acerta, todos batemos palmas. Como errou, vai levar um puxão de orelhas. Vamos cuidar internamente de tudo para que clube e jogador não saiam prejudicados. Isso não vai acontecer mais – afirmou o treinador.

O goleiro Jéferson, um dos líderes do elenco, seguiu pela mesma linha de raciocínio e disse que chegou o momento do grupo abraçar o jogador.

- O Caio vem passando por um momento delicado. Mas todos somos soldados e não vamos deixá-lo sozinho. Ele nos ajudou demais no Campeonato Carioca. Vamos dar força a ele, é um momento difícil da carreira. Ele é jovem e vai dar a volta por cima – afirmou o capitão do time carioca.

Até mesmo Loco Abreu disse que o jogador vai crescer bastante com o que aconteceu no estádio do Pacaembu na última quarta-feira.

- Ele acreditou que poderia fazer isso. Criticar sem nunca ter jogado futebol é fácil. Era a jogada definitiva da partida. Mas ele tem 19 anos e vai aprender. Tenho certeza que, da próxima vez, ele encontrará uma solução melhor – concluiu o camisa 13.