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Novo presidente do Botafogo diz que é inconstitucional o bloqueio de 100% das receitas do clube


por Eduardo Zobaran






RIO - O ano de 2015 para o Botafogo começou a partir desta segunda-feira. Este foi o tom da entrevista coletiva do presidente Carlos Eduardo Pereira, nesta segunda-feira, em General Severiano. Eleito na última terça-feira, ele viu o Botafogo ser rebaixado logo em sua primeira partida no cargo. Nesta segunda-feira, ele se reunirá com seu grupo político na sede do clube para definir o nome dos vice-presidentes. Cargos de direção, treinador e elenco só serão pensados já com a equipe montada. De certo, apenas uma saída: de Eduardo Húngaro, que foi técnico do clube na Libertadores e atualmente é auxiliar de Mancini.

- Espero que isso aconteça ainda hoje - afirmou o presidente, sobre Húngaro. - O ano de 2015 vai precisar começar com a resolução dos problemas fiscais. Se não conseguirmos resolver essas questões junto à Procuradoria da Fazenda Nacional e ao Ato Trabalhista, isso praticamente inviabiliza o financiamento do clube. Nós vamos ter que operar o Botafogo com 100% das despesas bloqueadas e já identificamos receitas bloqueadas pela Fazenda e por uma enxurrada de ações trabalhistas. O ato trabalhista já sabemos que não vamos resolver neste ano. Friso que é inconstitucional que uma instituição tenha 100% de suas receitas bloqueadas. Se espera que façamos frente aos compromissos, é fundamental que o clube tenha receitas.

Na última sexta-feira, Carlos Eduardo esteve na Fazenda Nacional para tratar do pagamento de duas parcelas do Refis (Programa de Refinanciamento Fiscal), uma das quais venceu na semana passada. O presidente afirmou que o clube tem 30 dias após o vencimento para quitas a dívida, de R$ 4,2 milhões, e que o clube já identificou uma receita bloqueada pela própria Fazenda Nacional de R$ 15 milhões.

- Nós temos hoje uma imagem muito desgastada. Como eu disse aos procuradores da Fazenda Nacional e ao Tribunal Regional do Trabalho, você não recupera sua imagem com palavras. Recupera com atitudes. É um grande desafio que nós temos e eu confio na capacidade de mobilização da torcida do Botafogo. Nosso programa de sócio-torcedor vai dar total transparência e as receitas obtidas terão toda destinação para a montagem do plantel - afirmou.