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Botafogo joga mal e acaba derrotado pelo River Plate, em Aracaju

Time sergipano consegue vitória por 1 a 0 com gol de Bebeto Oliveira, aos 41 da etapa final. Na volta, dia 2, Alvinegro tem de vencer por dois gols

 Uma enorme decepção no Nordeste

Por GLOBOESPORTE.COM Aracaju

O Botafogo começou mal sua caminhada na Copa do Brasil. O time foi nesta quarta-feira ao estádio Batistão, em Aracaju, e após atuação ruim acabou surpreendido pelo River Plate, que pela primeira vez disputa a competição. Bebeto Oliveira fez, no fim da partida, o gol do triunfo do atual campeão sergipano por 1 a 0.

Com o resultado, o Alvinegro precisa vencer o rival no jogo de volta, dia 2 de março, no Engenhão, por pelo menos dois gols de vantagem para avançar à segunda fase. Se devolver o 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. Vitória do Botafogo por placares como 2 a 1 ou 3 a 2 classifica o River Plate (gol fora de casa é critério para desempate).

A atuação do Botafogo, em geral, foi fraca. O time esbarrou no péssimo gramado e na bem postada equipe do River. Sem inspiração, o Alvinegro acabou dominado nos minutos finais e levou o gol. É o segundo revés do Glorioso em menos de uma semana. No domingo, a equipe foi eliminada da Taça Guanabara pelo Flamengo.

Joel assiste ao jogo de um camarote


Sem Marcelo Mattos e Arévalo, machucados, o Botafogo começou o jogo com Somália e Bruno Tiago no setor de marcação do meio-campo. O técnico Joel Santana cumpriu suspensão e viu o jogo de um camarote. Coube ao preparador físico Dudu Fontes comandar a equipe no banco de reservas.

Joel Santana Botafogo x River Plate-SE (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com) 
Suspenso, Joel Santana assiste ao jogo de cima (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Capitão do Glorioso no último domingo, Abreu não repetiu a dose nesta quarta. Herrera, que formou a dupla de ataque com o uruguaio, foi quem usou a braçadeira. Normalmente, o capitão do Botafogo é o vetado Marcelo Mattos.

Botafogo começa melhor


A partida começou com o Botafogo naturalmente superior. Sem ter grande atuação, o time carioca se impôs a maior parte da primeira etapa diante do River Plate, embora não conseguisse jogar bem. O campeão sergipano, que tem o ex-alvinegro Váldson (35 anos) na zaga, entrou em campo com postura muito retraída e pouco procurou o ataque nos primeiros 45 minutos.

Loco Abreu Botafogo x River Plate-SE (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com) 
Loco Abreu teve as melhores chances na etapa
inicial (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)


As melhores chances alvinegras na etapa inicial foram de Loco Abreu. Aos 10 minutos, o atacante matou no peito um cruzamento que veio da direita e soltou a bomba em cima do goleiro Max, que espalmou. Aos 26, Abreu fez boa tabela com Bruno Tiago e recebeu na direita da área, em condição de marcar. A conclusão, entretanto, desviou na zaga e foi para fora.

Receita de domingo não funciona


Na volta para o segundo tempo, o Botafogo repetiu a receita utilizada no clássico de domingo, contra o Flamengo: saiu Márcio Azevedo, entrou Everton. Desta forma, Somália foi deslocado para a ala esquerda.
O expediente, entretanto, não funcionou de imediato. Se contra o Fla, após três minutos, o time conseguiu o empate, nesta quarta foi o River quem sobressaiu nos primeiros momentos. Aos 50 segundos, o time sergipano quase abriu o marcador. Após uma sequência de cruzamentos para a área, Bibi ficou livre, na cara de Jefferson, e bateu rasteiro. O goleiro salvou a pátria alvinegra.

O lance fez o jogo esquentar. O Botafogo tentou atacar, mas passou a sofrer com contragolpes do River Plate. O jogo, aos poucos, ganhou em lances violentos. Nervoso, Herrera correu o risco de ser expulso por duas vezes: na primeira por uma dura entrada, que lhe valeu um cartão amarelo; depois, por reclamar de maneira espalhafatosa da arbitragem. A advertência, neste segundo caso, foi apenas verbal.

River Plate domina minutos finais

Preocupado, Joel Santana (de longe) ordenou a entrada do atacante Caio na vaga do inoperante Renato Cajá, aos 20 minutos. O time do Botafogo, enfim, melhorou. Herrera teve chances em dois cruzamentos para a área, ainda antes dos 30 minutos. Em uma delas, o argentino bateu para fora. Na outra, foi travado na hora da conclusão.

O River Plate, entretanto, mostrou que não estava morto. Aos 32, em contragolpe, Bibi, 1,62m, disparou pelo meio e bateu da entrada da área. A bola saiu por cima do gol, perto do ângulo direito do goleiro Jefferson.

O lance deu o tom do fim da partida. O River Plate conseguiu valorizar mais a posse de bola e chegou a ouvir gritos de olé de seus torcedores ainda antes de abrir o placar. Aos 41, Lucas fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Bebeto Oliveira, livre na área, empurrar para a rede. Festa para a torcida do River, que era minoria no Batistão.


Ficha técnica:

                                                      River Plate-se 1 x 0 Botafogo
 
Max, Glauber, Bebeto, Váldson e Pedrinho; Wallace, Fernando Pilar (Lucas), Bruno Ramos e Éder (Fábio Junior); Bibi (Claudinei) e Bebeto Oliveira. Jefferson, Rodrigo Mancha, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Somália, Bruno Tiago, Renato Cajá (Caio) e Márcio Azevedo (Everton); Herrera e Loco Abreu.
Técnico: Aílton Silva. Técnico: Dudu Fontes
Gol: Bebeto Oliveira, aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bibi, Bruno Ramos, Váldson, Bebeto Oliveira (RIV), Somália, Herrera, Márcio Rosário e Antônio Carlos (BOT).
Estádio: Batistão, em Aracaju (SE). Data: 23/02/2010. Árbitro: Marielson Alves Silva (BA). Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).