Atacante do Botafogo lembra gol da vitória sobre o Flamengo em 2010 e afirma que volta ao clássico com mais confiança
Em 17 de fevereiro de 2011, Joel Santana chamou mais uma vez Caio à beira do campo. O garoto entrou no segundo tempo do clássico contra o Flamengo para marcar o gol que deu ao Botafogo a vitória por 2 a 1 sobre o time de Adriano e Vagner Love, levando a equipe à final da Taça Guanabara. Exatamente um ano depois, as lembranças daquela noite estão vivas na memória do atacante. Se o antagonista e a trama são idênticos, porque não ser novamente o mocinho e repetir o roteiro do filme neste domingo?
- Nos últimos dias o filme daquela partida tem passado muito pela minha cabeça. Foi um dia especial para mim, e espero ver de novo aquele filme com final feliz - lembrou Caio.
Hoje aos 20 anos, Caio mostra expectativa antes de disputar o clássico, que desta vez terá Ronaldinho do outro lado. No entanto, admite que as sensações serão diferentes quando entrar em campo. Se naquela oportunidade bateu o nervosismo, neste domingo será a vez de a adrenalina e do sentimento de responsabilidade tomarem conta.
- Naquele dia tudo era novo para mim. Maracanã cheio, Flamengo, decisão... O frio na barriga vai continuar, mas hoje é situação normal para mim. Vou entrar em campo mais tranquilo e sem medo de errar. Hoje tenho mais confiança para tentar uma jogada - analisou.
Caio comemora gol pelo Botafogo em 2011: ainda em busca da afirmação (Foto: Fernando Soutello / Ag. Estado)
O gol marcado sobre o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara de 2010 reforçou o estigma de talismã de Caio. Um ano depois, ele repete a experiência depois de passar por altos e baixos. No Campeonato Brasileiro, sofreu críticas da torcida, depois de reagir a vaias no Engenhão. Foi punido pela diretoria e também foi repreendido por treinador e companheiros de time. No fim da última temporada, voltou a subir de produção e iniciou 2011 como titular, na vaga de Herrera, suspenso. O atacante marcou gols nas quatro primeiras partidas do time, mas retornou ao banco de reservas.
Ídolo da torcida adolescente e antenado às redes sociais – ele acabou de lançar o site oficial
- Recebi muitas críticas construtivas e conselhos dentro do Botafogo. Agora estou mais maduro, mais calmo, sem tanta ansiedade em jogos importantes e com muita expectativa de ser titular. Estou lutando por isso. A concorrência está aberta e, quando tive oportunidade, mostrei que posso ajudar. E se tiver uma chance agora, vou entrar sabendo que, numa decisão, é preciso apresentar algo diferente.