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Atlético-PR vence, se salva da degola, e Botafogo volta à zona de rebaixamento

Com derrota por 2 a 0 na Arena da Baixada, Alvinegro precisará de vitória sobre o Palmeiras, em casa, na última rodada

Gustavo Rotstein
Curitiba



Num dia de futebol feio, valeu o esforço da equipe que mostrou maior organização, atenção e que contou com a força de sua torcida. O Atlético-PR garantiu permanência na Série A ao vencer por 2 a 0 o Botafogo, neste domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba. O resultado, por outro lado, deixou o Alvinegro seriamente ameaçado de rebaixamento, faltando uma rodada para o fim do Campeonato Brasileiro.

Com 47 pontos somados, o Atlético chegou ao 14º lugar e não pode mais entrar na zona de rebaixamento por causa das 13 vitórias conquistadas. Já o Botafogo foi prejudicado também pela vitória do Fluminense, que o levou de volta à zona de rebaixamento. Agora na 17ª posição, com 44 pontos, o Alvinegro ainda depende apenas de seu resultado para permanecer na elite em 2010: precisa vencer o Palmeiras no próximo domingo, no Engenhão.

Apesar da movimentação e da luta dos jogadores, a partida teve péssimo nível técnico no primeiro tempo. Com muitos erros de passe, as duas equipes tiveram poucas chances claras de gol. O Botafogo entrou em campo com o claro propósito de segurar a bola, enquanto o Atlético, empurrado por sua torcida, tentava construir logo uma vantagem. Mas foi o Alvinegro que assustou aos três minutos, depois que Lucio Flavio cobrou escanteio, e Fahel acertou uma cabeçada na trave. No rebote, o camisa 10 cruzou novamente, e desta vez foi Wellington quem desperdiçou a cabeçada, mesmo sem marcação.

O Atlético-PR não conseguia se livrar da forte marcação do Botafogo e criava oportunidades se aproveitando dos contra-ataques. A primeira oportunidade do time da casa aconteceu aos 12 minutos, quando Márcio Azevedo driblou Alessandro dentro da grande área e chutou, mas a bola foi desviada pela zaga antes de chegar ao goleiro Jefferson.

À beira do campo, Estevam Soares cobrava pressa dos jogadores do Botafogo, talvez já sabendo que Fluminense e Coritiba venciam suas partidas. No entanto, os alvinegros valorizavam cada cobrança de tiro de meta ou de lateral, mostrando satisfação com o empate em sem gols. Aos poucos, o time visitante foi aparentando acomodação e, assim, dando espaços ao Atlético.

Foi exatamente aproveitando a marcação pouco eficiente do Botafogo, que o Atlético abriu o placar, aos 39 minutos. Após uma saída errada do Alvinegro, Paulo Baier recebeu pelo lado direito, venceu Leandro Guerreiro e tocou rasteiro para Wallyson, que apareceu na área em velocidade e escorou para fazer 1 a 0. Neste momento, a torcida atleticana começava a se irritar com os erros de seus jogadores.

Pouco antes do apito final, os jogadores reclamaram com o árbitro Wilson Luiz Seneme, que não aplicou o que seria o segundo cartão amarelo a Wallyson por ele ter colocado a mão na bola, segundo o Botafogo, de propósito. O atacante do Furacão foi advertido anteriormente por tirar a camisa ao comemorar o gol.

Paulo Baier marca na segunda etapa e garante vitória do Atlético-PR

O segundo tempo começou com o Atlético tendo a maior preocupação em tocar a bola e administrar sua vantagem. Mas a inoperância do Botafogo era tão grande, principalmente seu ataque, que a equipe da casa sentiu-se confortável para atacar. Aos cinco minutos, os jogadores rubro-negros reclamaram de um pênalti que teria sido cometido por Fahel em Valencia, mas o árbitro nada marcou.

Logo em seguida, Estevam Soares mudou a estrutura da equipe, ao substituir o nulo Ricardinho por Jônatas. Assim, Fahel foi recuado para a zaga, Renato adiantado para o ataque, e o Botafogo passou atuar no 3-5-2. Mas neste momento, nenhuma modificação era eficaz, pois o Alvinegro estava nervoso em campo, cometendo erros primários de passe.

Diante da apatia do Botafogo, o Atlético-PR não precisou de muito esforço para marcar seu segundo gol, aos 19 minutos. Wallyson recebeu cruzamento de Marcinha da direita e, livre, escorou de cabeça para Paulo Baier, que subiu mais do que Leandro Guerreiro e cabeceou no canto direito de Jefferson.

Como última tentativa, o técnico Estevam Soares promoveu a entrada de Reinaldo, mas por cuasa da péssima organização da equipe, o atacante teve poucas chances de ajudar a equipe. A partida terminou com muita festa e gritos de olé dos atleticanos e drama para os alvinegros.

Ficha técnica:

ATLÉTICO-PR 2 x 0 BOTAFOGO

Galatto (Neto), Rhodolfo, Nei e Bruno Costa; Wesley, Valencia, Alex Sandro (Rafael Miranda), Paulo Baier e Márcio Azevedo; Marcinho e Wallyson (Rodrigo Tiuí). Jefferson, Alessandro (Thiaguinho), Emerson, Wellington e Diego (Reinaldo); Leandro Guerreiro, Fahel, Lucio Flavio e Renato; Ricardinho (Jônatas) e Victor Simões.

Técnico: Antônio Lopes. Técnico: Estevam Soares.

Gols: Wallyson, aos 39 minutos do primeiro tempo; Paulo Baier, aos 19 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Wallyson, Paulo Baier, Nei (Atlético-PR); Emerson (Botafogo). Público: 21.592 pagantes (22.762 presentes). Renda: R$ 443.210,00.

Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 29/11/2009. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP). Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa/SP) e Márcio Luiz Augusto (SP).