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Herói do Botafogo, Schwenck prevê cenário parecido com o de 2004

Atacante que marcou o gol de empate com o Atlético-PR diz que Alvinegro precisa repetir neste domingo determinação do grupo de cinco anos atrás

Gustavo Rotstein
Curitiba



O Botafogo vai repetir na Arena da Baixada um confronto que pode decidir sua permanência na elite do Campeonato Brasileiro. Em 2004, Schwenck marcou o gol alvinegro no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, que, combinado a outros resultados, garantiu a equipe na Série A (assista ao vídeo ao lado). Atualmente no Figueirense, o atacante promete acompanhar com atenção a nova batalha, que julga ser muito parecida com de cinco anos atrás.

Para Schwenck, o Botafogo precisará, assim como aconteceu em 2004, conter a ansiedade. Ele lembra que, na ocasião, a delegação alvinegra chegou a Curitiba quatro dias antes da partida contra o Atlético-PR e, para os jogadores, foi difícil relaxar.

- No hotel, era difícil conseguir distração, pois pensávamos somente no jogo. Além da lutar para escapar do rebaixamento, tínhamos a responsabilidade de fazer com que o Valdo encerrasse a carreira sem aquela marca negativa. Depois do treino de sexta-feira, nós jogadores nos reunimos sem a presença do técnico Bonamigo e reforçamos a ideia de que não havia mais como deixar para depois. Era preciso dar o máximo - afirmou Schwenck.

O atacante acredita que o perfil do jogo deste domingo será bem parecido com o de 2004, mesmo com fato de o Atlético-PR lutar contra o rebaixamento, e não mais pelo título, como aconteceu na época. Schwenck lembra que o Botafogo precisará conter o ímpeto inicial do Furacão e não poderá se preocupar com os outros resultados da rodada.

Ivo Gonzalez/O Globo

No campo em 2004 e em 2009, Jefferson lembra que será preciso conter ansiedade na Arena - Lembro que nossa ansiedade era grande no intervalo, pois queríamos saber como estavam as outras partidas. O mais impressionante foi que, depois do fim da partida, ainda permanecemos em campo por uns três minutos para ouvir os demais resultados pelo alto-falante da Arena e, assim, ter a certeza de que não estávamos rebaixados - recordou.

O drama não era apenas dos jogadores. No Rio de Janeiro, André Silva acompanhava a partida ao lado dos familiares, pela televisão. Na época conselheiro do Botafogo e hoje vice de futebol do clube, ele garante que o empate com o Atlético-PR foi seu jogo mais sofrido como torcedor.

- A todo momento em que aparecia aquele bolinha da TV Globo com os outros resultados, a tensão era muito grande. Por diversas vezes durante a partida o Botafogo foi rebaixado e se manteve na Série A. Até mesmo depois que o jogo acabou eu não acreditava que estávamos a salvo.

Único jogador do atual elenco que disputou a partida de 2004, Jefferson promete transmitir ao grupo as palavras de apoio do zagueiro Sandro, que também viveu em campo o drama do empate com o Atlético-PR.

- Ele pediu que falasse com o grupo sobre a alegria daquela equipe e disse para repetirmos o que fizemos cinco anos atrás, mantendo a tranquilidade. Será preciso ter paciência e não deixar que a ansiedade tome conta - afirmou o goleiro.