Conca marca de pênalti, mas Tricolor não passa do 1 a 1 e deixa para o Corinthians a primeira colocação do Campeonato Brasileiro
A vitória do Corinthians sobre o Cruzeiro, no sábado, obrigava o Fluminense a vencer no Engenhão para seguir na liderança do Campeonato Brasileiro. Mas apesar da insistência, o Tricolor esbarrou na falta de pontaria e na forte marcação do Goiás. Assim, o empate em 1 a 1, neste domingo, tirou o Tricolor da primeira colocação. Já o time esmeraldino segue na luta contra o rebaixamento, mas a três rodadas do fim, passa a depender de uma improvável combinação de resultados.
O Fluminense, que agora está em segundo lugar, com 62 pontos (um a menos do que o Corinthians) volta a campo no próximo domingo para enfrentar o São Paulo na Arena Barueri. No mesmo dia, o Goiás, que segue na penúltima posição, com 32 pontos, recebe o Santos no Serra Dourada. O time está a cinco pontos de sair da zona da degola.
Mobilizada pela importância da partida, a torcida do Fluminense encheu o Engenhão. A ideia era criar um ambiente de pressão sobre o adversário e apoio aos jogadores. No entanto, o esperado ímpeto do Tricolor não veio. E sem muita dificuldade o Goiás conseguiu manter a partida equilibrada.
A implacável marcação sobre Conca – principalmente a do volante Carlos Alberto – deixou o Fluminense enfraquecido. Outro responsável por armar as jogadas ofensivas, Deco se mostrava sem ritmo de jogo. Assim, Tartá e Fred pouco podiam fazer. Com a partida defensivamente controlada, o Goiás se lançou à frente marcou seu gol aos 19 minutos. Jones recebeu passe na direita e cruzou para Rafel Moura, que subiu para cabecear e fazer 1 a 0.
O ambiente do Engenhão, inicialmente festivo, estava longe de ser um caldeirão. Fechado em sua defesa, o Goiás segurava o Fluminense na base das faltas e tentava sair nos contra-ataques. Mas a falta de articulação deixou a torcida tricolor impaciente, vaiando Fernando Bob e pedindo a entrada de Diguinho, que estava no banco de reservas.
O pedido foi atendido, e o volante entrou em campo no segundo tempo, no lugar de Deco. O técnico Muricy Ramalho também decidiu dar nova oportunidade a Washington, que substituiu Tartá. Sob o grito de “time de guerreiros”, o Fluminense partiu para cima do Goiás e criou jogadas de perigo, mas a defesa esmeraldina conseguia salvar.
O que se via no segundo tempo era um verdadeiro bombardeio do ataque tricolor, enquanto o Goiás se virava como podia para afastar a bola de sua área. Principalmente pelo alto, Fred e Washington levavam muito perigo, mas não acertavam o alvo. Vivendo longo jejum de gols, o Coracão Valente chegou a desviar para fora um chute de bicicleta do companheiro, que aparentemente levaria perigo ao goleiro Harlei.
Quando a tensão e o silêncio tomavam conta do Engenhão, um lance isolado deu a oportunidade para o Fluminense empatar a partida. Após receber uma bola espirrada, Rodriguinho foi derrubado dentro da área de forma infantil por Ernando. Conca cobrou o pênalti e fez 1 a 1 aos 38 minutos.
O Fluminense intensificou sua pressão, mas novamente não conseguiu se livrar da forte marcação do Goiás. A equipe tricolor pressionou, mas o time esmeraldino que quase marcou, com Felipe aos 46 minutos.
Ficha técnica:
Ficha técnica:
Fluminense 1 x 1 Goiás
Ricardo Berna, Mariano, Leandro Euzébio, André Luis e Carlinhos; Valencia, Fernando Bob (Rodriguinho), Deco (Diguinho) e Conca; Tartá (Washington) e Fred. | Harlei, Valmir Lucas, Ernando e Marcão; Douglas (Wendel Santos), Amaral, Carlos Alberto (Jonílson), Marcelo Costa e Wellington Saci; Jones (Felipe) e Rafael Moura. |
Técnico: Muricy Ramalho. | Técnico: Arthur Neto. |
Gols: Rafael Moura, aos 19 minutos do primeiro tempo; Conca, aos 38 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Mariano, Diguinho (Fluminense); Douglas, Marcelo Costa, Ernando (Goiás). | |
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro. Data: 14/11/2010. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS). Assistentes: Marcelo Bertanha Barison (RS) e Tatiana de Freitas (RS). Público: 30.897 pagantes (36.227 presentes). Renda: R$ 984.475,00 |