Clicia Oliveira, Cintia Barlem e Thalita Rebouças falam sobre o hábito de 'pagar para ganhar' entre os clubes brasileiros, comum no modelo dos pontos corridos
O Campeonato Brasileiro chega perto da reta final após 38 rodadas e surge nos bastidores indícios de uma prática um tanto polêmica conhecida como mala branca. Alguns jogadores admitem que ela existe, outros negam, mas a verdade é que muitos clubes incentivam outros que cuja equipe, com uma vitória, pode dificultar a vida de um adversário direto na briga pelo título ou por uma classificação. Se há dinheiro envolvido, essa é a grande questão.
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Thalita Rebouças, apesar do desconhecimento sobre o assunto, deixou clara a diferença entre mala branca e mala preta. Na primeira, a equipe recebe dinheiro para vencer, na segunda, para perder. A escritora ainda admitiu não entender exatamente porque alguém faria uso dessa prática, e deixou a questão sobre a ética que envolve o futebol:
- Achei meio doido esse negócio de mala branca. Pagar para vencer alguém, meio esquisito..
A repórter Clicia Oliveira, do GLOBOESPORTE.COM, afirma que a mala branca não deve ser encarada de forma tão negativa, já que apenas exige que os jogadores corram mais dentro de campo e torne a partida mais disputada. Afinal de contas, como o valor pago gira em torno de 100 mil reais nenhum profissional abriria mão de um Natal mais recheado em função do incentivo pago por outros clubes, diz ela.
Saiba mais sobre a mala branca no futebol
Clicia ainda lembrou o fato de que a reta final do Campeonato Brasileiro coloca algumas torcidas contra seus próprios times ao perceberem que uma vitória pode favorecer outro rival. Foi o caso da partida entre Fluminense e São Paulo, na qual os torcedores são-paulinos exigiram, com direito a faixa, que os jogadores entregassem o jogo pois a vitória iria beneficiar o rival Corinthians, que disputa o topo da tabela com o Tricolor Carioca.
Seria essa a mala branca? (Foto: Arte esporte)
Cintia Barlem acredita que um jogador não precisa de nenhum incentivo extra para honrar a camisa que veste, considerando a mala branca uma vergonha para quem opta por ela. A jornalista do GLOBOESPORTE.COM citou o exemplo positivo do volante Roberto Brum, do Santos, que afirmou não fazer parte deste esquema de benefício, nem que seja para vencer outra equipe. Ponto negativo ficou para o meia Felipe, do Vasco, que disse recentemente que não se motiva com as partidas finais do Brasileirão 2010 e que não quer facilitar a vida de seus adversários e rivais do Rio de Janeiro.
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