Goleiro volta a campo na capital em que a família de sua mãe nasceu e onde passava férias na infância. Amadurecido, quer fazer bom papel
Em tempos em que as brechas dadas por Jefferson se tornaram cada vez menores, Renan
tem muitos motivos para comemorar sua estreia na temporada logo em
Salvador, que, depois do Rio, considera sua segunda casa. O goleiro do
Botafogo, que enfrenta o Vitória às 21h50m desta quarta, tem família na
capital baiana e a frequentou nas férias da infância. Curiosamente,
lembra, na maioria dos jogos no Barradão ou Pituaçu, por acaso quem tem
vestido a camisa 1 é ele.
- Conheço bastante a Bahia, a relação é muito boa e o carinho, maior.
Gosto do clima, das pessoas, é uma identificação que traz boas memórias.
É uma segunda casa mesmo, bom até de morar. Minha mãe nasceu no estado.
Me dá mais motivação e confiança para manter o nível do Jefferson (com
dores nos braços) e fazer o que tenho mostrado nos treinos. E se tem
jogo em Salvador, é só me chamar (risos) - disse Renan, que tem até a
bizavó viva, com quase 100 anos, e já enfrentou o Bahia, em 2011, e o
Vitória duas vezes, cobrindo convocações do titular.
Renan animado no desembarque do Botafogo, em Salvador (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Alguns tios, no entanto, estão no Rio e foram ao último treino do
Glorioso antes do embarque, na sede de General Severiano, para vê-lo.
Não deve haver um público grande à sua espera no estádio. No hotel, pelo
menos, a concentração foi total para a partida para compensar a falta
de ritmo.
- Sempre estou preparado para me destacar na oportunidade que surge.
Tenho uma história no Botafogo e quero crescer isso. Vejo que estou
amadurecendo como pessoa e melhorando como profissional. A evolução
acontece em todos os sentidos. Espero passar tranquilidade e segurança
para voltarmos com um bom resultado e avançarmos de fase depois -
afirmou.
Renan com a prima Bianca, há dez anos, em uma
praia de Salvador (Foto: Arquivo Pessoal)
praia de Salvador (Foto: Arquivo Pessoal)
Renan entrou em campo 10 vezes em 2011 e já tem 82 jogos pelo
Alvinegro. Desde 2008 entre os profissionais, o goleiro, de 22 anos, é
figura certa nas relações. Conhecimento de causa, então, não falta. Ele
crê que ter vindo do título da Taça Rio - sua quinta taça pelo clube -
não afetará a equipe.
- Pelo contrário, motiva ainda mais. Tem a questão do cansaço, claro,
mas conversamos muito sobre não termos vencido nada. Faltam alguns
passos, o grupo assimilou isso. Nosso pensamento é só na vitória,
queremos dar continuidade a essa invencibilidade importante (22
partidas) - garantiu.
Existe a chance de Renan ser mantido no time no primeiro duelo da
decisão do estadual, contra o Fluminense, domingo. Tudo depende do
quadro de Jefferson, que será revaliado até sexta.