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Oswaldo reconhece que 'momento' é de Herrera e pode mantê-lo

Argentino decidiu jogo contra o São Paulo em apenas 45 minutos entrando na vaga de Loco Abreu, já há quatro partidas sem marcar

 

Por André Casado Rio de Janeiro
 
 

O técnico Oswaldo de Oliveira não costuma utilizar o termo barração e evita tratar de reservas os jogadores que não têm atuado com mais frequência no Botafogo. No caso de Herrera e Loco Abreu, já adotou a expressão rodízio quando o uruguaio ficou no banco, contra o Guarani, pela Copa do Brasil. Desta vez, a vitória sobre o São Paulo, por 4 a 2, no Engenhão, foi construída pelos pés do argentino, que marcou três gols em apenas 45 minutos, na estreia do Brasileirão. Sem adiantar se haverá mudanças, o chefe reconhece que a fase do camisa 17 é melhor do que a do ídolo, que anotou cinco gols em dois compromissos, no fim de abril, mas passou em branco nos últimos quatro.

- Foi um jogo em que o Abreu não conseguiu fazer o que fez contra Bangu e Vasco, quando foram cinco gols, o que não é nada fácil. Hoje, a leitura que fiz foi que precisávamos de mais mobilidade para que nossos meias (Maicosuel, Vitor Júnior e Fellype Gabriel), responsáveis pela articulação que não estava acontecendo, tivessem uma melhor participação. Reconheço que o momento é mais do Herrera, mas tudo depende da sequência do trabalho. É cedo ainda - comentou Oswaldo, que foi só elogios ao estilo do herói da tarde:

- Antes de ser um jogador, Herrera é uma pessoa diferente. É um cara que tem essa garra, essa raça muito grande. Isso é importante demais, faz a diferença num jogo assim. Já disse que ambos têm características bem diferentes, e eu posso usá-las sempre que preciso.

Ter saído no intervalo não incomodou Loco, de acordo com Oswaldo, que teve a participação exaltada. Alguns torcedores o criticaram, mas o comandante fez questão de minimizar, repetindo um argumento que costuma usar.

- Tem gente que usa o estádio, o time como terapia e é abafado na hora em que a massa se manifesta. Não dá para considerar algumas coisas. Eles descarregam em cima da gente, faz parte. O Abreu foi digno para cacete, veio do vestiário e não nos abandonou. Isso tem valor. Soube reconhecer e ajudou do banco. Se está ou não está bem, é outra história, o futebol é cíclico. Os jogadores não são máquinas - apontou.

Na próxima rodada, o Botafogo visita o Coritiba, no Couto Pereira, domingo que vem. O time é o líder do Brasileirão pelo saldo de gols. Outros cinco clubes também venceram - Internacional, Figueirense, Vasco, Atlético-MG e Fluminense.