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Sem música no Fantástico, Herrera afirma: 'Sou um cara divertido'

Atacante do Botafogo marcou três gols em um jogo pela primeira vez em sua carreira, mas ainda assim não entrou na brincadeira do programa

 

Por Thales Soares Rio de Janeiro

O argentino Herrera revelou que conseguiu um feito inédito em sua carreira com os três gols marcados na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo, domingo passado, no Engenhão, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, não quis pedir música no "Fantástico". O programa criou a brincadeira como uma forma de premiar o jogador que fizer três gols no domingo.

Na ocasião, o atacante, que entrou no segundo tempo no lugar de Loco Abreu, foi questionado pelo repórter Marcelo Courrege, da Rede Globo, sobre qual música gostaria de pedir. Ele perguntou porque deveria fazer isso e acabou não fazendo o seu pedido.

- Não tem uma razão pela qual não aceitei. Não sou obrigado a aceitar. Assisto pouco aos programas de televisão, quase não vejo jornal e internet. Paro nos títulos das matérias. Dificilmente, sento para ler. Cada um tem uma forma de ser. Uns falam mais, outros menos. Tenho 10 anos de futebol profissional e sei como funciona. É uma roda na qual um dia você está em cima e no outro embaixo. Não me sinto craque por ter feito três gols nem o pior do mundo se não vou bem. Trabalho de uma forma e foi assim que cheguei até aqui - afirmou Herrera.
Herreira na coletiva (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Herreira se diz 'um cara divertido' mesmo após não entrar na brincadeira do Fantástico
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Com poucos sorrisos e sempre extremamente concentrado nos treinamentos e jogos, Herrera dificilmente exibe um sorriso. No entanto, ele garante ter um outro lado, desconhecido pelas câmeras e máquinas fotográficas.

- Eu me considero um caro divertido com as pessoas mais íntimas e meus companheiros. Mas tomo o jogo com a seriedade que merece. É o meu trabalho. Sou muito profissional. Cada um tem sua forma de ser. Você pode gostar de algumas coisas e eu, não - comentou Herrera.

Em seu terceiro clube brasileiro, depois de passar por Corinthians e Grêmio, ele se considera adaptado ao país. No Botafogo, Herrera atua desde 2010 e já chegou a 50 gols com camisa alvinegra, marca que o deixa satisfeito, mas sem esboçar um sorriso.

- Não tive sucesso na Argentina, mas saí de lá com 21 anos. Não tive tempo para isso. Joguei um ano no Rosario Central, outro no San Lorenzo e decidi vir para o Grêmio, em 2006. Meu começo aqui foi muito importante. Em um país diferente, se você não consegue fazer o quer no início, fica complicado. Esse é maior segredo de continuar aqui por tanto tempo - afirmou Herrera.

O Botafogo volta a treinar em tempo integral nesta quinta-feira em General Severiano. O time entra em campo domingo, para enfrentar o Coritiba, no Couto Pereira, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.