Após três gols, Jeferson quer música no 'Fantástico' e pode ser relacionado

Pelo juniores, meia acabou com Madureira, mantendo Bota junto ao Fla no Carioca. Fora do clássico da base, espera pintar no banco do time de cima

Por André Casado Rio de Janeiro

 

Com três vitórias em três jogos, o Botafogo, atual campeão, lidera o Carioca de juniores, sobrando mais que os profissionais. Um dos responsáveis pela fase é o meia Jeferson, a cabeça pensante do setor. No último jogo, no entanto, o camisa 10 só não fez chover em Conselheiro Galvão, na preliminar contra o Madureira: três gols, dois deles muito bonitos e de fora da área. O desempenho rendeu elogios do técnico Oswaldo de Oliveira e também uma brincadeira imediata dos companheiros e até da diretoria: deveria pedir música no "Fantástico", homenagem do programa da TV Globo aos que marcam ao menos três vezes na rodada.

Jeferson fez três gols em Madureira e chamou a atenção de todos (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

 

- Fazia tempo que eu não conseguia tantos gols num jogo só. Já fiz, mas na época de São Paulo (chegou ao Alvinegro no início de 2011). O pessoal lembrou na hora disso, foi bem legal. Mas o Oswaldo disse para mim que gostou mais do gol de pé direito, o primeiro, dentro da área. Ele insiste para que treinemos mais com o pé ruim, para aprimorar - disse o canhoto Jeferson.

Suspenso para o clássico da categoria contra o Flamengo (também invicto), neste domingo, por ter levado três cartões amarelos, o meia vive a expectativa de ser relacionado para a partida do time principal. O atacante Caio não vai concentrar com o grupo, por causa do enterro de sua avó, em Volta Redonda, o que abriria uma brecha. Paciente, prefere não criar expectativas.

 

Presente na pré-temporada, Jeferson participa de
treino (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

 

- A oportunidade vai surgir, é só seguir trabalhando bem. A base está sendo muito valorizada no Botafogo, são vários aproveitados. Se acontecer agora, ótimo, estou preparado e vou ficar feliz. Espero um aviso da comissão técnica. Só fiquei no banco uma vez, ano passado, quando estava na transição do Joel Santana para o Caio Júnior. E joguei naquela partida contra o Boavista (derrota por 5 a 2), mas eram só juniores - recorda-se.

A confiança vem especialmente dos 30 dias de contato com o regime de trabalho do clube, com reforço muscular e alimentação adequados. Jeferson, que já tem boa base física, comemora.  E mesmo que a "estreia" não saia agora já projeta chance futura em virtude de um detalhe: os seis meias atuais (Andrezinho, Elkeson, Maicosuel, Felipe Menezes, Fellype Gabriel e Cidinho) são destros.